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ANÁLISE DA MELHORA SUBJETIVA DO OLFATO NO TRATAMENTO COM INSULINA INTRANASAL PARA PERDA OLFATÓRIA PÓS-COVID-19

FRANCA, Ana Clara Rodrigues ¹; MARIN, Manuela Perri ³; MEDEIROS, Emanuella Sato de ³; MEDEIROS, Emanuella Sato de ³; MARTINI, Ana Carolina Benetti ³; MARTINI, Ana Carolina Benetti ³; GARCIA, Ellen Cristine Duarte ³; GARCIA, Ellen Cristine Duarte ³; FORNAZIERI, Marco Aurelio ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O vírus SARS-CoV-2, identificado no final de 2019, causou uma pandemia global declarada pela OMS em 2020. A infecção por COVID-19 pode resultar em perda olfatória persistente, manifestada como hiposmia ou anosmia, que afeta a qualidade de vida dos pacientes. A insulina intranasal tem sido estudada como possível tratamento, pois o bulbo olfatório apresenta alta concentração de seus receptores, podendo favorecer a recuperação da função olfatória. OBJETIVOS: O objetivo geral deste estudo é analisar a eficácia do tratamento com insulina intranasal na melhora do olfato em pacientes com hiposmia ou anosmia persistente pós-COVID-19. Especificamente, busca-se verificar a melhora subjetiva da função olfatória por meio da escala visual analógica após 10 sessões de insulina intranasal, além de avaliar a correlação entre a resposta à reabilitação do olfato e fatores como idade, gênero e duração da disfunção olfatória. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo longitudinal e prospectivo envolveu adultos entre 18 e 60 anos que apresentavam perda olfatória persistente há pelo menos 6 meses após infecção por COVID-19. Foram excluídos aqueles com múltiplas reinfecções por SARS-CoV-2, doenças nasossinusais, antecedentes de traumatismo craniano com comprometimento olfatório, ou uso prévio de glicocorticoides. Os participantes foram distribuídos em dois grupos: o primeiro realizou exclusivamente o treinamento olfatório tradicional, consistindo na exposição a determinados aromas duas vezes ao dia durante cinco semanas; o segundo recebeu a combinação do treinamento olfatório com aplicação intranasal de insulina NPH, em 10 sessões de 40 UI nas cavidades nasais. A avaliação da eficácia dos tratamentos foi realizada pela Escala Visual Analógica, que mensura subjetivamente a percepção olfatória dos pacientes. RESULTADOS: Foram recrutados 21 pacientes com perda olfatória pós-COVID-19, sendo 15 no grupo controle (treinamento olfatório) e 6 no grupo intervenção (insulina intranasal + treinamento olfatório). A análise revelou que, apesar de não haver diferença significativa na avaliação subjetiva inicial entre os grupos, o grupo controle apresentou melhora significativa na Escala Visual Analógica após o tratamento, enquanto o grupo intervenção não apresentou alteração significativa. Além disso, foi observada correlação negativa entre idade e resposta à terapia, indicando menor melhora em pacientes mais velhos. Não houve influência significativa do sexo na resposta ao tratamento. Dados limitados sugerem que menor tempo de perda olfatória pode estar associado a melhor recuperação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A insulina intranasal não mostrou eficácia significativa na melhora do olfato pós-COVID-19, enquanto o treinamento olfatório apresentou resultados superiores na avaliação subjetiva. A idade impactou negativamente a resposta, e o gênero não teve efeito. Apesar das limitações, a insulina intranasal é uma alternativa promissora, sendo recomendados estudos futuros com amostras maiores para confirmar esses resultados.

PALAVRAS-CHAVE: Hiposmia 2. COVID-19; Insulina Intranasal; Insulina NPH; Treinamento olfatório.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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