A AFIRMAÇÃO DA VIDA A PARTIR DA DIMENSÃO CORPÓREA NA FILOSOFIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
INTRODUÇÃO: O presente trabalho pretende verificar como Nietzsche avalia a questão do corpo como uma força motriz capaz tanto da superação do niilismo agudo, isto é, devido à crise dos valores ocidentais e à décadence herdada da metafísica e do fanatismo da racionalidade, quanto de servir a uma reinterpretação da própria vida, afirmando-a, portanto, contra os ideais de abnegação e fuga postulados por aqueles pensadores enfermos e sofredores. OBJETIVOS: Analisar como, a partir de Nietzsche, é necessário um resgate do corpo como “grande razão”, esteira para o eu e fio-condutor à fidelidade à terra e, portanto, de afirmação da vida. MATERIAIS E MÉTODO: Nesse sentido, lançamos mão da leitura das obras de Nietzsche aprofundadas pela revisão de especialistas e comentadores, selecionando seções e/ou capítulos que respondessem ao nosso problema de pesquisa. RESULTADOS: Identificamos na análise das obras, em especial em Assim falou Zaratustra, o arcabouço necessário para a pesquisa. Uma vez entendido de onde parte o desprezo para com a vida, podemos direcionar nossa atenção para como superá-lo: através de uma desconstrução da incidência metafísica sobre o corpo e o mundo físico, afirmar a vida a partir disso começa pela escolha de viver a vida em si mesma, sem nos deixarmos dissuadir pelas promessas “eternas”. A fidelidade à terra e o eterno retorno demonstram-se plausíveis como caminhos a serem seguidos na superação do niilismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nietzsche nos convida a escolher repetidamente e nos tornarmos senhores de nosso destino, assumindo o movimento da vida como parte integrante da alegria em vivê-la. Afirmar a vida, portanto, implicaria que desejássemos até mesmo sua destruição.
PALAVRAS-CHAVE: Niilismo; Corpo; Décadence; Filosofia; Nietzsche.
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