A EXPRESSÃO DO CD34 EM PLACENTAS DE GESTANTES COM COVID-19
INTRODUÇÃO: Sabe-se que a população humana é suscetível a infecções pelo SARS-CoV-2 e sua principal forma de transmissão ocorre por secreção respiratória. As mulheres grávidas podem se apresentar mais suscetíveis a diversas infecções por estarem em um estado supressivo de alterações fisiológicas, mecânicas e imunológica devido a adaptação do período de gravidez. Todo o processo de crescimento vascular se dá por fatores pró-angiogênicos e antiangiogênicos. Desta forma, a avaliação da angiogênese placentária através da utilização do anticorpo anti-CD34 que está ligado a formação de novos vasos do corpo humano e avaliar o dano endotelial frente a infecção por SARS- CoV-2 em placentas de gestantes com COVID-19 é de extrema importância, principalmente no que diz respeito aos possíveis eventos lesivos do endotélio vascular fetal e materno, às doenças como pré-eclâmpsia associada a COVID-19 (síndrome pré-eclampsia-like) e restrição de desenvolvimento fetal, entre outras possíveis consequências podem ser observadas no feto. OBJETIVOS: Identificar o número de vasos nos vilos placentários de placentas de gestantes infectadas por SARS-CoV-2 (grupo COVID-19 e grupo CONTROLE). Comparar o número de vasos dos vilos de placentas de gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2 com fatores demográficos, epidemiológicos e clínicos patológicos. MATERIAIS E MÉTODO: Foram selecionadas 75 gestantes (grupo COVID-19) maiores de 18 anos que apresentaram infecção confirmada para SARS-CoV-2 por RT-PCR no primeiro, segundo ou terceiro trimestre gestacional e selecionadas placentas de gestantes sabidamente SARS-CoV-2 negativas (grupo CONTROLE; n= 19) e pareadas pela idade gestacional no momento do parto, idade materna no momento do parto e comorbidades. As amostras de placentas foram marcadas com anti-CD34 para facilitar a contagem do número de vasos por vilosidade placentária. RESULTADOS: Diante da contagem do número de vasos fetais presentes nos vilos placentários, tanto do grupo COVID-19 como do grupo CONTROLE, a comparação estatística entre os dois grupos apresentou uma maior contagem vasos no grupo COVID-19. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo sugere que há um aumento do processo angiogênico em placentas de mulheres infectadas pelo SARS-CoV-2. As alterações angiogênicas causadas na placenta podem de fato afetar o bebê e causar outras complicações significativas durante o período gestacional.
PALAVRAS-CHAVE: SARS-CoV-2; Angiogênese; Placenta; COVID-19.
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