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BIOTECNOLOGIA, PODER E RESPONSABILIDADE

MESSIAS, Marcello Rodrigues ¹; OLIVEIRA, Jelson Roberto de ²
Curso do(a) Estudante: Bacharelado em Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O presente trabalho busca analisar como o progresso da tecnologia – mais especificamente da biotecnologia – impõe riscos à autenticidade da vida humana. A análise do problema é feito a partir da obra de Hans Jonas e seus principais comentadores, levando em conta os conceitos de autenticidade, melhorismo (transumanismo) e niilismo, tendo em conta, além disso, o seu imperativo ecológico, como resposta ao problema apresentado. Tenta-se observar, assim, como as ações tecnológics entram em conflito com a ética e bioética. OBJETIVOS: Examinar como os poderes biotecnológicos representam uma ameaça à condição humana e um desafio para a bioética, analisando o conceito de autenticidade em Jonas, as promessas do transumanismo e a base niilista que impulsiona a técnica moderna. MATERIAIS E MÉTODO: Usufruindo principalmente das obras principais de Hans Jonas O princípio responsabilidade e Técnica, medicina e ética e de seus principais comentadores, foi realizado um estudo e análise bibliográfica e comparativa. Para critérios de elucidação, obras de ficção científica que abordam futuros distópicos nessa temática também foram utilizados. RESULTADOS: Com base na bibliografia, demonstra-se que a tecnologia e seu avanço desenfreado, juntamente com a “vontade de ilimitado poder” pela qual o ser humano busca se tornar uma força criadora em um mundo regido pelo niilismo, nega os valores da autenticidade humana, ameaçando sua vulnerabilidade, liberdade e dignidade. Notou-se como, nesse aspecto, o imperativo ecológico formulado por Jonas aparece como uma resposta que viabiliza não a tecnofobia, mas uma orientação responsável (ética) da tecnologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a ascensão de uma biotecnologia poderosa e de uma noção niilista crescente, o ser humano toma lugar de protagonismo na própria criação do mundo e de tudo o que permeia sua existência. Tal processo coloca assim em risco a autenticidade identificada por Jonas e abre novas portas para preocupações éticas e bioéticas, não se importando com o imperativo categórico que implica a preservação da vida e do mundo para o futuro. O projeto melhorista (hoje chamado de transumanista) pode se direcionar a uma eugenia positiva e tornando então a responsabilidade de Hans Jonas como a principal contramedida filosófica para a era contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: Hans Jonas; Autenticidade; Transumanismo; Niilismo; Bioética.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos do CNPq (Edital externo).

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