A NOÇÃO DE ESPIRITUALIDADE POLÍTICA NO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT
INTRODUÇÃO: A Espiritualidade Política, termo cunhado por Michel Foucault, foi foco de diversas discussões após sua ida ao Irã na década entre os anos de 1978 e 1979, sendo utilizada como uma das formas de compreensão do fenômeno ocorrido no local, que tinha como elementos centrais a queda do regime do Xá Mohammad Reza Pahlavi e a ascensão do aiatolá Ruhollah Khomeini ao poder. OBJETIVOS: Assim, objetiva-se entender neste estudo o que é a espiritualidade política e de que forma seu encontro com a filosofia pode gerar transformações individuais e sociais. MATERIAIS E MÉTODO: O principal método de estudo foi a leitura e análise bibliográfica, sendo observadas entrevistas realizadas por Foucault, explicações da escatologia xiita e demais artigos de banco de dados pré-selecionados. RESULTADOS: Foi observada que a junção dos termos “espiritualidade” e “política” compactua num ideal que vai além da religião e que tem na insurreição um dos seus locus privilegiados; ademais, o verdadeiro paradoxo da espiritualidade política reside no fato de que ela não foge da dor, do sacrifício ou da morte — ela os atravessa. E é nesse atravessamento que se gestam novas formas de existir, novos modos de pensar e novas possibilidades de vida coletiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a espiritualidade política não é um luxo do pensamento, nem uma abstração religiosa, mas é, acima de tudo, uma resposta coletiva ao sofrimento, à exclusão e ao desejo humano de pertencer a algo maior. Como exercício filosófico, como prática existencial e como força social, ela permanece sendo um dos mais complexos e poderosos motores de mudança individual e coletiva no mundo contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE: Espiritualidade Política; Filosofia; Psicologia; Revoluções; Instituições.
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