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DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESCOPO

RIBEIRO, Bruna Sarinho ¹; SILVA, Ruann Oswaldo Carvalho da ³; WERNECK, Renata Iani ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O cuidado com mães e crianças nos primeiros anos, especialmente nos primeiros 1000 dias, é essencial para combater problemas futuros em saúde, principalmente fatores biológicos e ambientais nessa fase afetam a vida adulta. Esse período é uma janela de oportunidades para garantir a nutrição, saúde e desenvolvimento saudável. O desenvolvimento infantil ocorre na interação contínua entre o indivíduo e o ambiente. O cérebro se desenvolve rapidamente nessa fase, e experiências iniciais moldam o futuro. OBJETIVOS: A pesquisa buscou entender como países das Américas tratam, em documentos oficiais, o tema do desenvolvimento infantil e o uso de telas nos primeiros 1000 dias de vida. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo seguiu uma metodologia de revisão de sistemática de protocolos com abordagem qualitativa, baseada nas etapas do JBI. A busca, iniciou em novembro de 2024, incluindo materiais em português, espanhol e inglês, sem limite de data, e envolveu países da América do Sul e do Norte. Os dados foram organizados em tabelas, com categorias como tempo de uso, supervisão e qualidade das telas. Os documentos encontrados foram avaliados com base em critérios de qualidade e clareza, utilizando o AGREE II, com análise feita por avaliadores independentes. A pergunta de revisão foi: “Como os países das Américas têm refletido e documentado, por meio de documentos oficiais, o tema do desenvolvimento infantil e o uso de telas, especialmente nos primeiros mil dias de vida?” RESULTADOS: A pesquisa revelou escassez de documentos sobre o uso de telas no desenvolvimento infantil, encontrando materiais de apenas oito países das Américas: Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Peru, Uruguai e Venezuela. A maioria dos documentos focou na faixa etária e tempo de uso, com poucos abordando a qualidade das telas e ainda menos tratando da supervisão parental, apesar de destacarem sua importância. Dicas práticas apareceram em vários guias, e materiais educativos foram apontados como aliados na alfabetização e no desenvolvimento de habilidades. A supervisão parental, quando mencionada, enfatizou a mediação ativa, podendo ser através do uso compartilhado e o diálogo de pais e filhos. A avaliação pela ferramenta AGREE II mostrou que o Domínio 1 (âmbito e objetivos) teve os melhores resultados até 94%, enquanto o Domínio 6 (independência editorial) teve as piores pontuações 0% a 25%. O documento de melhor qualidade foi da Sociedade de Pediatria do Canadá, e o de menor qualidade, da Sociedade de Pediatria da Venezuela. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A revisão mostrou que alguns países das Américas já produziram documentos sobre o uso de telas e o desenvolvimento infantil, mas ainda são poucos diante da complexidade do tema. Isso indica a necessidade de ampliar a produção, principalmente na área de Psicologia. Como o assunto é recente, a proposta não é proibir as telas, e sim incentivar um olhar mais crítico sobre seus efeitos na saúde física e mental das crianças. Também é importante considerar os usos positivos, como conteúdos educativos, que podem ajudar no aprendizado e no desenvolvimento de comportamentos saudáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Telas; Crianças; Revisão sistemática; Desenvolvimento infantil.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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