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BARREIRAS FÍSICAS, ORGANIZACIONAIS, CLÍNICAS E NUTRICIONAIS DA ACEITAÇÃO ALIMENTAR DO PACIENTE HOSPITALIZADO

ZBONIK, Maria Eduarda Piovezan ¹; MORIMOTO, Ivone Mayumi Ikeda ²
Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A aceitação alimentar em ambiente hospitalar pode ser comprometida por fatores relacionados ao paciente e ao serviço oferecido, que impactam no estado nutricional e por conseguinte, na recuperação do paciente. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo analisar as barreiras físicas, organizacionais e nutricionais para aceitação da alimentação oral do paciente hospitalizado. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo observacional, transversal, de caráter quantitativo e qualitativo realizado no Hospital Universitário Cajuru junto a pacientes adultos, em três etapas principais. A primeira, constituída de uma revisão bibliográfica sobre os indicadores de qualidade em unidades de alimentação hospitalares. Na sequência foram aplicados pelo Serviço de Nutrição do hospital um questionário de satisfação aos pacientes em dieta branda ou geral e uma ficha de motivos de não aceitação de 100% da dieta alimentar como parte da triagem nutricional. A coleta foi realizada em diferentes dias e turnos, permitindo observar variações no atendimento e na aceitação da alimentação. Ao final, especialistas convidadas, analisaram o serviço e o ambiente e sugeriram melhorias. RESULTADOS: No que se refere aos horários, café da manhã muito tarde e jantar muito cedo foram motivos da insatisfação. Talheres descartáveis que se quebram facilmente foram a principal queixa relacionada a utensílios com 42,5% de pacientes declarando-se não satisfeitos. Em relação ao conforto para se alimentar, 42,5% relataram ser difícil se acomodar para realizar as refeições. Houve 100% de satisfação quanto à aparência da copeira e a sua forma de contato, mas 37.5% declararam que as copeiras não informam o nome da dieta e seus componentes. Sobre a atuação da equipe de clínica houve percentual superior a 97% de satisfação em relação à clareza e a gentileza e 87,5% dos entrevistados foram atendidos por nutricionistas ou estudantes. A aceitação da alimentação superior a 75% é de somente 32% dos pacientes no almoço e nenhum paciente no jantar. Dentre os motivos mais frequentes foram encontrados a falta de apetite, seguido de não correspondência às preferências alimentares quanto a sabor, temperatura, aparência e odor do alimento, tanto no almoço quanto no jantar. Observações dos especialistas foram de encontro ao referido pelos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo identificou barreiras físicas, clínicas, organizacionais e dietéticas que estão afetando a aceitação alimentar dos pacientes. Os instrumentos aplicados permitiram uma análise completa desses aspectos e os especialistas e pacientes trouxeram sugestões como treinamento de copeiras para explicações sobre a refeição ofertada, maior apoio aos pacientes com dificuldades motoras pelo grupo de enfermagem, voluntários ou acompanhantes, realização de limpeza de quartos fora do horário de refeições, talheres descartáveis mais resistentes e colocação de mesas de apoio. Este trabalho será apresentado às nutricionistas do setor de controle de qualidade do Grupo Marista, com a expectativa de que os dados e as propostas aqui discutidos sirvam de base para ações de melhoria contínua no sentido de evitar deterioração do estado nutricional motivada pela baixa aceitação da alimentação.

PALAVRAS-CHAVE: Hospitalização; Nutrição clínica; Alimentação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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