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O ADOECIMENTO DO ESPÍRITO PELO TRABALHO: PREVALÊNCIA DE BURNOUT E O PAPEL MEDIADOR DA AUTOCOMPAIXÃO EM DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR

PAUPERIO, Isabella Nunes ¹; FRANCO, Renato Soleiman ³; NEPOMUCENO, Wanderson Ricardo ³; NEPOMUCENO, Wanderson Ricardo ³; ESPERANDIO, Mary Rute Gomes ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Teologia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este estudo faz parte de um projeto mais amplo intitulado “Cuidado espiritual como campo de conhecimento e de políticas públicas em saúde: contribuições da Teologia Pública e da Bioética”. O burnout, fenômeno específico que surge dentro do contexto ocupacional, é resultado do estresse crônico no ambiente de trabalho. A autocompaixão é baseada nos componentes de autobondade, humanidade comum e mindfulness, atuando de forma a desenvolver uma atitude gentil e compreensiva em relação às falhas e inadequações pessoais. A Síndrome de Burnout e carência de atitudes de autocompaixão podem ser consideradas fatores de adoecimento do espírito humano. Esta pesquisa aborda o adoecimento do espirito pelo trabalho, investigando a presença da Síndrome de Burnout junto a docentes do Ensino Superior no Brasil, buscando evidenciar o papel da autocompaixão. OBJETIVOS: Compreender os processos de adoecimento do espírito e os recursos de enfrentamento espiritual em contextos ocupacionais diversos, por meio da análise da correlação entre Síndrome de Burnout e autocompaixão. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa é de abordagem quantitativa, de tipo survey, de corte transversal e descritiva. Os dados foram coletados por meio da disponibilização de um link compartilhado por e-mail e WhatsApp. Foram aplicados os seguintes instrumentos: 1) Questionário para levantamento dos dados sociodemográficos; 2) Índice de Burnout e Realização Profissional; 3) Escala Breve de Autocompaixão; 4) Quatro itens para verificar indicativo de Sofrimento Moral; 5) Escala WHO-5 de Bem-estar. As análises estatísticas foram conduzidas com apoio dos softwares SPSS versão 23 e 29. RESULTADOS: Foram registradas, após os critérios de inclusão, 197 respostas válidas, sendo 50,8% do sexo feminino, 49,2% do sexo masculino e 0% de outro sexo. A média de idade foi 48,88 anos. Professores/as com alta realização profissional tendem a apresentar baixo risco de burnout. Entre aqueles com baixa realização profissional, predomina o risco elevado de burnout. A distribuição entre os três níveis (Realização Profissional; Exaustão Profissional e Desengajamento Interpessoal) é relativamente equilibrada. Contudo, mais de 65% dos/as docentes estão em risco moderado ou alto de burnout, o que é motivo de preocupação para a saúde mental e o desempenho desses profissionais, no exercício de suas atribuições. A idade foi associada negativamente com a exaustão emocional e apresentou associação marginalmente significativa com o desengajamento, também se associou positivamente com o bem-estar e autocompaixão. A autocompaixão mostrou associação significativa apenas com a exaustão emocional O modelo de regressão, para exaustão emocional, e modelo preditivo, para realização profissional, foram estatisticamente significativos. No modelo preditivo do desengajamento, apenas o bem-estar subjetivo (WHO-5) apresentou associação estatisticamente significativa. Os resultados indicam que o bem-estar subjetivo foi o único preditor significativamente associado às três dimensões do burnout. Não houve correlações significativas da religiosidade com os desfechos analisados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo verificou relações significativas entre o burnout, a autocompaixão e bem-estar subjetivo em docentes universitários, evidenciando a importância de estratégias para promoção de bem-estar e autocompaixão como potenciais caminhos de intervenção para prevenir e mitigar o burnout entre docentes universitários.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome de Burnout; Autocompaixão; Bem-estar Subjetivo; Religiosidade; Esgotamento.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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