ANÁLISE DO IMPACTO DE UMA ESTRATÉGIA EDUCACIONAL BASEADA EM VÍDEOS SOBRE OS DADOS CLÍNICOS E EXAMES LABORATORIAIS DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS EM UM SERVIÇO DE SAÚDE DE CURITIBA
INTRODUÇÃO: O diabetes é uma condição crônica de saúde caracterizada por um estado de hiperglicemia crônica, que quando descontrolado, está associado a complicações micro e macrovasculares, comprometendo significativamente a qualidade de vida. O controle da doença envolve a implementação de medidas para o controle intensivo da glicemia, além do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar. O desenvolvimento de habilidades de autocuidado por parte das pessoas com diabetes é fundamental para a prevenção de agravos e a manutenção do bem-estar. Nesse contexto, a autogestão do diabetes está diretamente relacionada ao conhecimento e a compreensão do próprio estado de saúde, bem como a capacidade de aplicar as informações médicas recebidas, em práticas diárias de autocuidado. OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é avaliar o impacto de uma estratégia educacional baseada em vídeos nos resultados dos exames laboratoriais e dados clínicos dos participantes MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de estudo prospectivo não controlado para avaliação pré e pós intervenção em grupo único, composto de indivíduos adultos com diabetes tipo 1 e tipo 2, atendidos pelo Ambulatório Acadêmico do Hospital Cajuru entre agosto de 2024 e julho de 2025. Os participantes foram abordados individualmente, de modo presencial ao comparecer às consultas de rotina. Após a concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foram utilizados formulários para a coleta de dados sociodemográficos, além da coleta inicial de dados laboratoriais (Hemoglobina Glicada, Glicemia de Jejum, LDL e HDL colesterol), e clínicos [Pressão Arterial, Índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA)], obtidos através dos registros dos prontuários eletrônicos. O material utilizado na intervenção educacional foi elaborado com base em uma revisão bibliográfica detalhada e desenvolvido com o uso de plataformas digitais. A continuidade da pesquisa se deu por meio da inclusão dos participantes em um grupo no aplicativo WhatsApp, criado exclusivamente para o compartilhamento do material educativo. Os vídeos foram organizados e enviados, e após a conclusão dos envios, uma nova coleta dos mesmos dados laboratoriais e clínicos foi realizada. RESULTADOS: A comparação dos dados clínicos e laboratoriais entre os momentos pré e pós-exposição foi possível em 43 dos 54 participantes da amostra. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis laboratoriais analisadas. Do mesmo modo, a intervenção baseada em vídeos não resultou em alterações significativas nos parâmetros clínicos no intervalo analisado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de uma intervenção educacional baseada em vídeos ser uma estratégia de baixo custo e grande facilidade de difusão, com potencial de proporcionar melhorias nos desfechos clínicos, na população estudada não foi possível demonstrar melhorias nos desfechos clínicos e laboratoriais. Mais estudos com maior tempo de intervenção e acompanhamento são necessários para melhor entender o potencial desta ferramenta educativa.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes; Vídeos; Educacional; Laboratoriais; Conhecimento.
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