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A GUERRA CULTURAL NO BRASIL E OS IMPACTOS SOBRE A CONQUISTA DOS DIREITOS HUMANOS

SILVA, Ana Eloisa Gonçalves da ¹; FERNANDES, Solange ²
Curso do(a) Estudante: Serviço Social – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Serviço Social – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A guerra cultural no Brasil constitui um fenômeno discursivo e ideológico que temcontribuído significativamente para a intensificação da polarização política e afragmentação social. A partir das manifestações de 2013, observou-se umareconfiguração do debate público, impulsionada por discursos morais, religiosos eultraconservadores, que passaram a ocupar o centro da cena política. Essareconfiguração tem sido marcada pelo avanço de narrativas que negam a diversidade,atacam conquistas históricas e promovem o revisionismo político, afetandodiretamente a proteção e a promoção dos direitos humanos. OBJETIVOS: Analisar a guerra cultural no Brasil e seus impactos sobre as conquistas dosdireitos humanos, com ênfase na forma como os discursos polarizadores e adisseminação de fake News influenciam políticas públicas, reforçam preconceitos econtribuem para o enfraquecimento do debate democrático no país. MATERIAIS E MÉTODO: A investigação foi desenvolvida com abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, fundamentada em revisãobibliográfica e análise de conteúdo de postagens em redes sociais, especialmente nos perfis de influenciadores políticos conservadores no Instagram e no Twitter (X). A pesquisa observou a atuação estratégica de atores digitais que utilizam linguagem emocional, memes, desinformação e valores morais para mobilizar seguidores e reforçar narrativas excludentes, criando uma realidade paralela onde o contraditório érejeitado. A análise revelou que esses discursos têm como principais alvos gruposhistoricamente marginalizados, como mulheres, população negra, LGBTQIA+,indígenas e imigrantes, frequentemente apresentados como ameaças aos “valorestradicionais” ou à “família”. Foi possível identificar padrões de radicalizaçãosustentados pela dissonância cognitiva, pelo espírito de seita e pelo uso reiterado deestratégias retóricas que naturalizam o preconceito. As plataformas digitais, aoreforçarem bolhas informacionais, contribuem para o isolamento ideológico dosusuários, aprofundando a fragmentação do debate público e dificultando a construçãode consensos democráticos. RESULTADOS: Os resultados indicam que a guerra cultural, longe de serapenas uma disputa simbólica, tem efeitos concretos sobre a formulação de políticaspúblicas, afetando direitos sociais, educacionais, reprodutivos e identitários. Concluise que o enfrentamento desse fenômeno exige estratégias que vão além da regulaçãolegal e da remoção de conteúdo, envolvendo a promoção do letramento midiático, ofortalecimento da cultura democrática e a valorização do diálogo CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Serviço Social e as Ciências Humanas, nesse contexto, têm papel fundamental na formulação derespostas críticas, éticas e emancipadoras frente à escalada autoritária e à crise dodebate público no Brasil contemporâneo.

PALAVRAS-CHAVE: Guerra cultural; Direitos humanos; Polarização; FakeNews; Discurso de ódio.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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