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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TEMPOS DE TRANSPORTE COM GELO SECO NA CONSERVAÇÃO DE TECIDO MUSCULAR SUÍNO EM SOLUÇÃO CRIOPROTETORA

SILVA, Joao Victor Muller da ¹; FERREIRA, Guilherme Agostinis ²
Curso do(a) Estudante: Biotecnologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): PPGCA – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A carne cultivada é uma alternativa promissora à produção convencional de proteína animal, com potencial para mitigar impactos ambientais e suprir a demanda global por alimentos. Seu desenvolvimento depende da preservação de células musculares viáveis, o que requer protocolos eficazes para coleta, transporte e cultivo. Um dos principais desafios está na manutenção da viabilidade celular durante o transporte, devido às variações de temperatura e ao risco de contaminação. OBJETIVOS: Avaliar a viabilidade de células satélites suínas submetidas a diferentes tempos de transporte (3h, 6h e 24h) em gelo seco, utilizando solução crioprotetora. MATERIAIS E MÉTODO: O experimento foi conduzido em duas etapas: um ensaio piloto e coletas experimentais, ambas realizadas com tecido muscular suíno obtido em frigorífico comercial. Na etapa piloto, o transporte foi feito com gelo artificial por 1h; nas coletas experimentais, utilizaram-se gelo seco e tempos de 3h, 6h e 24h. O protocolo incluiu digestão enzimática, centrifugação e cultivo celular. Após 24h, o sobrenadante da cultura foi semeado em novo frasco, originando dois grupos: inoculação direta e com sobrenadante. As trocas de meio ocorreram diariamente por sete dias, e culturas confluentes foram subcultivadas até P4 para análise de viabilidade. RESULTADOS: O ensaio piloto apresentou sucesso no isolamento celular, com elevada viabilidade, especialmente na inoculação do sobrenadante, mas apresentou baixo rendimento. No entanto, as coletas experimentais apresentaram contaminação microbiológica. A primeira coleta foi totalmente comprometida, com presença predominante de Streptococcus. Na segunda coleta, foram adotadas medidas corretivas como o uso de Primocin® e reforço nas práticas de assepsia. Apesar do controle da contaminação, não houve adesão celular após 15 dias de cultivo, sugerindo que outros fatores podem ter comprometido a viabilidade, como a microbiota já presente nos tecidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A contaminação microbiológica e a ausência de adesão celular inviabilizaram a comparação entre os tempos de transporte. No entanto, o ensaio piloto demonstrou alta viabilidade celular, indicando que o protocolo possui potencial técnico, embora requeira ajustes para garantir reprodutibilidade em condições experimentais ampliadas e com alto rendimento. Os resultados ressaltam a importância do controle microbiológico desde a coleta, devido à elevada carga bacteriana presente em tecidos suínos, um desafio relevante para a padronização de protocolos aplicados à carne cultivada.

PALAVRAS-CHAVE: Carne cultivada; Célula satélite; Viabilidade celular; Transporte em gelo seco; Contaminação microbiológica.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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