Logo PUCPR

ASSOCIAÇÃO ENTRE COVID-19 E DESENVOLVIMENTO OU AGRAVO DOS SINTOMAS DE SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA EM PACIENTES DO SEXO MASCULINO COM MAIS DE 40 ANOS DE IDADE

ZUCCOLI, Giuliana May Bachtold Gualdessi ¹; GREGORIO, Emerson Pereira ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Bexiga Hiperativa (SBH) é uma condição definida por urgência miccional, com ou sem incontinência, polaciúria e noctúria, na ausência de outras patologias locais. O diagnóstico é clínico e o questionário OAB-V8 é uma ferramenta importante para sua avaliação. Estudos prévios indicam uma associação entre SBH e síndrome metabólica, possivelmente devido à isquemia pélvica. A COVID-19, uma doença de acometimento multissistêmico, causa lesão viral no sistema vascular e disfunções vasculares, incluindo no trato urinário inferior. Durante a infecção, foi observada uma piora dos sintomas do trato urinário inferior, especialmente os relacionados à SBH. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação entre a COVID-19 e o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas da SBH em homens, a fim de entender melhor essa relação e suas possíveis consequências a longo prazo. OBJETIVOS: O objetivo geral foi avaliar a associação entre a COVID-19 e a evolução dos sintomas da síndrome da bexiga hiperativa em pacientes brasileiros do sexo masculino com mais de 40 anos de idade. O objetivo específico foi verificar como essa associação se comporta de acordo com a severidade da infecção e a presença ou ausência de síndrome metabólica prévia, utilizando o questionário OAB-V8 como ferramenta de avaliação. MATERIAIS E MÉTODO: Este foi um estudo de coorte retrospectiva, aprovado pelo CEP da PUCPR. Uma população inicial de 371 pacientes com mais de 40 anos, que haviam respondido ao questionário OAB-V8 entre 2018 e 2019, foi reavaliada. Devido à dificuldade de contato, o questionário foi aplicado em 151 pacientes. Desses, 15 pacientes com suspeita não confirmada de COVID-19 foram excluídos, resultando em uma amostra de 136 homens. Posteriormente, 52 pacientes foram submetidos a tratamento clínico ou cirúrgico para sintomas do trato urinário inferior. Para evitar viés, a análise foi focada em 109 pacientes que não foram submetidos a cirurgia ou tratamento clínico, ou que haviam interrompido o tratamento por pelo menos 2 meses. Uma análise estatística secundária foi realizada com 84 pacientes que não receberam qualquer tipo de tratamento. O questionário OAB-V8 foi reaplicado por telefone e os dados da infecção por COVID-19 (confirmação, gravidade e eventos trombóticos) foram coletados. RESULTADOS: Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre a infecção por SARS-CoV-2 e a piora dos sintomas de bexiga hiperativa. A falta de associação foi observada tanto na análise geral quanto nas análises estratificadas pela gravidade da doença e pela presença de síndrome metabólica. Apesar disso, alguns resultados estavam próximos ao limite de significância, o que, juntamente com a amostra reduzida e a dificuldade de contato, sugere a necessidade de estudos mais amplos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo não encontrou associação a longo prazo entre a infecção por COVID-19 e o agravamento dos sintomas da síndrome da bexiga hiperativa. As limitações, como a amostra reduzida, a aplicação dos questionários por telefone e a falta de exames complementares, podem ter influenciado os resultados. Portanto, sugere-se a realização de futuras pesquisas com amostras maiores e mais recursos para confirmar ou refutar os resultados obtidos.

PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Bexiga Hiperativa; OAB-V8.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.