O MOVIMENTO MAKER: UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE SEUS LIMITES E POTENCIAIS
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, novas abordagens pedagógicas têm ganhado destaque no cenário educacional brasileiro e, entre elas, o movimento maker se destaca como uma alternativa inovadora. Com uma filosofia que transcende o ensino tradicional, sua proposta central é incentivar a participação ativa e o engajamento dos alunos por meio de experimentos práticos e criações, visando um entendimento mais aprofundado e significativo dos conteúdos. A metodologia maker, que se alinha a conceitos como “aprender fazendo” e “mão na massa”, demonstra um grande potencial para transformar a educação básica no Brasil, fomentando a criatividade, a colaboração e o protagonismo estudantil. No entanto, sua implementação exige uma análise crítica e cuidadosa dos desafios inerentes ao sistema educacional brasileiro, compreendendo as particularidades do contexto cultural e histórico do país. OBJETIVOS: O objetivo da pesquisa foi analisar os fundamentos e a presença do movimento maker. Dessa forma, mergulhar no universo do movimento maker, analisando seus princípios, ferramentas e potencial para o desenvolvimento da criatividade, da resolução de problemas, do trabalho em equipe e da cultura da inovação. MATERIAIS E MÉTODO: Esta pesquisa foi desenvolvida com base em uma metodologia de revisão narrativa de literatura acadêmica, um delineamento qualitativo que permitiu explorar as diversas perspectivas sobre o tema. Para tanto, foram selecionadas e analisadas publicações entre os anos de 2012 e 2022. Esses materiais foram escolhidos por explorarem o movimento maker sob múltiplos ângulos, incluindo seus aspectos técnicos, históricos, culturais e políticos, proporcionando uma compreensão abrangente do fenômeno. RESULTADOS: Os resultados da revisão revelam que o crescente reconhecimento da educação maker no Brasil, com suas práticas alinhadas aos objetivos da educação contemporânea, é um indicativo claro de seu potencial para estimular habilidades essenciais e o protagonismo dos estudantes. Contudo, a pesquisa também aponta para importantes advertências: a mera introdução de tecnologias não garante inovação pedagógica efetiva se não for acompanhada por políticas públicas eficazes e por um entendimento crítico das relações de poder subjacentes. A implementação dessas ferramentas e metodologias deve, obrigatoriamente, considerar as especificidades regionais, assegurando que os benefícios sejam distribuídos de forma equitativa e não sejam cooptados por interesses econômicos restritos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, portanto, que, apesar de ser um campo educacional promissor, a educação maker ainda carece de um maior volume de estudos empíricos no contexto brasileiro, especialmente aqueles que visam integrar de forma orgânica suas práticas ao currículo escolar e às políticas públicas de tecnologia educacional. Essa lacuna de pesquisa é crucial para garantir que a metodologia possa, de fato, contribuir para a superação de desigualdades e promover uma educação verdadeiramente emancipadora e inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Movimento Maker; Metodologias Ativas; Tecnologias Educacionais; Educação Básica; Políticas Públicas.
Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.