Logo PUCPR

CORRELAÇÃO DAS TOXINAS URÊMICAS E ANEMIA EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM DIÁLISE

RIBAS, Gustavo Zonkowski ¹; AMARAL, Andrea Novais Moreno ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Ciências Biológicas – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) envolve alterações renais por mais de três meses e, em estágios avançados, requer hemodiálise (HD) ou diálise peritoneal (DP). Nessa fase, acumulam-se toxinas urêmicas ligadas a proteínas, como indoxil sulfato (IS), p-cresil sulfato (pCS) e ácido indol-3-acético (AIA), pouco removidas pelas terapias dialíticas. A anemia, além de frequente, é uma complicação importante que contribui para a progressão da DRC. Apesar disso, o papel das toxinas urêmicas em sua fisiopatologia ainda é pouco explorado. OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre toxinas urêmicas e a anemia em pacientes com DRC em diálise. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal com 45 pacientes renais crônicos estágio V (DRC-V), sendo 19 em HD e 26 em DP. Dados clínicos, laboratoriais e comorbidades foram obtidos em prontuários médicos. As amostras de soro foram analisadas por HPLC com fluorescência para a dosagem das toxinas urêmicas IS, pCS e AIA. Quanto à análise estatística, foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos, análise de correlação e regressão linear múltipla com valor adotado de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Dos 45 pacientes com DRC-V, a média etária foi de 61,87 anos e predominância masculina. A prevalência de hipertensão foi de 91% e de diabetes mellitus, 49%. A anemia estava presente em 53% da amostra. O ferro sérico foi significativamente maior em pacientes em DP (p = 0,048). Não houve diferença estatística nas concentrações séricas de IS, pCS e AIA entre os grupos HD e DP. A hemoglobina apresentou correlação negativa com o IS (r = -0,33; p = 0,02). Na análise de regressão linear, sexo masculino, presença de diabetes e TFGe em níveis mais elevados foram preditores positivos de maiores valores de hemoglobina. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Neste estudo, a toxina urêmica IS apresentou correlação negativa com os níveis de hemoglobina, sugerindo sua possível contribuição para a fisiopatologia da anemia em pacientes em diálise. Esses achados reforçam a importância de investigar o papel das toxinas urêmicas no desenvolvimento da anemia associada à DRC.

PALAVRAS-CHAVE: Doença Renal Crônica; Toxinas Urêmicas; Anemia; Hemodiálise; Diálise Peritoneal.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.