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QUAL PROFISSIONAL DA SAÚDE DEVE SER RESPONSÁVEL PELA ABORDAGEM E TRATAMENTO DA OBESIDADE NA PERCEPÇÃO DOS PACIENTES OBESOS? UM ESTUDO BASEADO NO ACTION-IO

CELLI, Luana da Rocha ¹; BERNARDELLI, Rafaella Stradiotto ³; PAROLIN, Salma Ali el Chab ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica multifatorial com impacto significativo na saúde pública, associada a diversas comorbidades e à redução da qualidade de vida. Apesar do reconhecimento crescente de sua gravidade, ainda existem lacunas importantes na forma como essa condição é abordada pelos profissionais de saúde e percebida pelos pacientes. No Brasil, são escassos os dados sobre a percepção dos pacientes em relação a quem deveria ser responsável pelo tratamento da obesidade e sobre os fatores que influenciam essa escolha. OBJETIVOS: Compreender a percepção dos pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Universitário Cajuru sobre quais profissionais de saúde deveriam ser os responsáveis pelo tratamento da obesidade, bem como descrever suas experiências anteriores em relação ao diagnóstico, ao acompanhamento e à comunicação com os profissionais da saúde. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e transversal, com amostra composta por 107 pacientes com obesidade (IMC >=30), entrevistados por meio de um questionário estruturado adaptado do estudo internacional ACTION-IO. As variáveis coletadas incluíram dados sociodemográficos, tempo decorrido entre a preocupação com o peso e a procura por ajuda, número e tipo de profissionais consultados, presença de comorbidades e percepção da utilidade dos profissionais no tratamento. Os dados foram analisados estatisticamente com distribuição de frequências, medidas de tendência central e testes de associação (Qui-quadrado e Kruskal-Wallis), considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS: ia dos participantes considerou os médicos, especialmente os endocrinologistas, como os principais responsáveis pelo tratamento da obesidade, seguido do nutricionista. Identificou-se associação significativa (p=0,013) entre o número de profissionais consultados e esses profissionais preferidos. Psicólogos, educadores físicos e enfermeiros foram menos mencionados. Apenas 56,1% dos pacientes relataram ter recebido diagnóstico formal de obesidade, e eles foram significativamente mais propensos a ter discutido plano de perda de peso com médicos nos últimos seis meses (p=0,032). Observou-se uma mediana de 6 anos entre a preocupação com o peso e a primeira procura por ajuda profissional, sendo que houve associação estatisticamente significativa (p<0,001) entre a utilidade percebida do profissional e o tempo para buscar ajuda. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ção dos pacientes ainda está centrada em uma lógica médica especializada, em contraste com as diretrizes que defendem a atuação integrada e contínua com diferentes profissionais. Além disso, a atribuição de maior utilidade a um profissional está associada a uma busca mais precoce por ajuda, reforçando a importância do diagnóstico precoce. A abordagem prática da obesidade segue limitada e, por vezes, estigmatizada. Assim, é fundamental capacitar profissionais de saúde para o manejo clínico atualizado da obesidade, estimular estratégias de comunicação empática e orientar os pacientes sobre o papel de cada membro da equipe multiprofi

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; Percepção; Profissionais de Saúde; Equipe de Assistência ao Paciente; Barreiras de Comunicação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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