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EFEITOS DA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR SOBRE A FUNÇÃO FÍSICA E SAÚDE CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DE CARDIO-ONCOLOGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

SANTINI, Luiza Batista ¹; BORGES, Camila Monteiro Mazzarin ²
Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O aumento da sobrevida de pacientes oncológicos permitiu que complicações cardiovasculares, devido à cardiotoxicidade do tratamento, se tornassem evidentes e preocupantes. Nesse cenário, a reabilitação cardio-oncológica surge como abordagem promissora para mitigar os impactos das terapias cardiotóxicas e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Entre as estratégias, o exercício físico como parte da intervenção multidisciplinar vem mostrando potencial para preservar ou melhorar a função física e a saúde cardiovascular. OBJETIVOS: Investigar os efeitos da reabilitação cardio-oncológica, que utilizam do exercício físico como parte do tratamento, sobre a função física, saúde cardiovascular, capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento oncológico. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, com busca realizada no período de agosto de 2024 e janeiro de 2025 nas bases Web of Science, PubMed, PEDro, Scielo e Embase, utilizando estratégias padronizadas com descritores relacionados à oncologia, reabilitação cardiovascular e função física. Foram incluídos estudos que investigaram intervenções baseadas em exercício físico aplicadas em mulheres com câncer de mama durante ou após o tratamento. O desfecho primário foi função física, avaliada por meio do VO₂ pico ou máximo. Já os desfechos secundários foram: parâmetros cardiovasculares (fração de ejeção do ventrículo esquerdo, deformação longitudinal global, função endotelial e/ou variabilidade da frequência cardíaca), capacidade funcional (teste de caminhada de seis minutos, sentar e levantar ou testes de força muscular periférica) e qualidade de vida (FACT-G, QoL e QLQ-C30). RESULTADOS: A busca resultou em 188 estudos, dos quais 19 atenderam aos critérios de elegibilidade. Pela escala PEDro, 14 tiveram nota ≥6 e cinco <6. A maioria utilizou protocolos de treino aeróbico contínuo ou intervalado, associados ou não ao treinamento resistido. A função física melhorou significativamente nos grupos intervenção em 11 dos 12 artigos que avaliaram VO₂ pico ou máximo. Apenas três dos seis estudos mostraram efeito do exercício sobre a fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Nenhum encontrou interferência sobre deformação longitudinal global. Poucos avaliaram rigidez arterial, função endotelial e variabilidade da frequência cardíaca, onde os resultados variaram entre estabilidade e melhora em relação aos controles. A capacidade funcional e a qualidade de vida apresentaram melhora significativa nas pacientes submetidas a programas de exercício físico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados desta revisão sistemática indicam que programas de reabilitação cardiovascular baseados em exercício físico melhoram a função física, capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama. Além de atuarem de forma protetora em parâmetros cardiovasculares. Dessa forma, a reabilitação cardio-oncológica pode ser sugerida como uma intervenção complementar, protetora e promissora no cuidado integral de mulheres com câncer de mama durante e após o tratamento oncológico.

PALAVRAS-CHAVE: Cardio-Oncologia; Cardiotoxicidade; Reabilitação Cardíaca 4. Exercício físico; Consumo de Oxigênio.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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