PLANTAS EXÓTICAS PRESENTES NO PARQUE ESTADUAL DO PALMITO

INTRODUÇÃO: O Brasil abriga uma das maiores biodiversidades do mundo e o monitoramento da vegetação é essencial para manter a sua integridade. O Parque Estadual do Palmito (PEP) é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral que abriga um remanescente de Mata Atlântica. A presença de plantas exóticas representa uma grande ameaça e seus impactos podem ser comprometedores a vegetação nativa. OBJETIVOS: Identificar e mapear as espécies de plantas exóticas no Parque Estadual do Palmito (PEP). Contribuir para a formação e conhecimento das comunidades vegetais do sul do Brasil; oferecer capacitação para acadêmicos de Ciências Biológicas e áreas relacionadas à coleta, preparo e identificação de material botânico, bem como na aplicação de métodos para o estudo de comunidades vegetais; identificar e listar as espécies de plantas exóticas no PEP; descrever os possíveis impactos ecológicos sobre a vegetação nativa; incrementar a coleção do Herbário HUCP. MATERIAIS E MÉTODO: O Parque Estadual do Palmito, localizado em Paranaguá-PR, foi dividido em cinco grandes áreas de coletas, sendo: casas, centro de eventos, restinga alta, restinga baixa e trapiche. Foram consideradas as espécies exóticas à vegetação do Parque, Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Pluvial. Os espécimes vegetais foram coletados, registrando suas coordenadas, e herborizados. Os dados foram analisados considerando alguns critérios fenológicos, como síndrome de polinização e síndrome de dispersão, além da presença de reprodução assexuada e histórico de risco na literatura classificado como alto, moderado ou baixo. RESULTADOS: Foram registradas 90 espécies exóticas, contemplando 48 famílias, em um total de 108 indivíduos distribuídos em diferentes locais do PEP. Ao todo, 14 espécies possuem mais do que um indivíduo em diferentes coordenadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se um número relevante de espécies exóticas descritas. As espécies que atualmente não aparentam riscos elevados também precisam ser monitoradas. As espécies que se enquadram nos critérios mais relevantes para a invasão, como possuir reprodução assexuada relevante e estar classificada como alto risco, precisam de um esforço para erradicação ou manejo. Dessa forma, a prevenção da invasão biológica é possível e estratégias de controle são essenciais para garantir a conservação.

PALAVRAS-CHAVE: Exóticas; Mata Atlântica; Unidade de Conservação; Invasão Biológica; Risco Ambiental.