MÉTODOS PARA MENSURAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO DO SONO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

INTRODUÇÃO: O sono é fundamental para o crescimento, aprendizado e bem-estar de crianças e adolescentes. Dormir menos do que o necessário pode afetar a saúde física, emocional e o desempenho escolar, além de aumentar os riscos de doenças como obesidade e depressão. Estudos mostram que a duração do sono vem diminuindo nessa fase da vida, o que preocupa especialistas em saúde pública. Existem métodos para medir o tempo de sono, como a polissonografia, que é muito precisa, mas cara e pouco acessível. Assim, surgem alternativas como questionários e acelerômetros, que são mais práticos, embora ainda enfrentem desafios quanto à padronização e precisão. OBJETIVOS: O objetivo principal deste estudo foi identificar os métodos mais utilizados para medir a curta duração do sono em crianças e adolescentes. A pesquisa buscou também entender quais características esses métodos apresentam, como o tipo de equipamento ou instrumento utilizado, e qual é o protocolo de aplicação mais comum. Dessa forma, procurou-se analisar os pontos positivos e negativos de cada abordagem, contribuindo com informações úteis para futuras pesquisas. A intenção é facilitar a escolha de métodos mais eficazes, confiáveis e acessíveis, além de ajudar na construção de políticas públicas voltadas à saúde do sono na infância e adolescência. MATERIAIS E MÉTODO: Este trabalho é uma revisão sistemática da literatura científica, de caráter qualitativo. Após uma triagem rigorosa, 211 artigos foram selecionados por atenderem aos critérios do estudo. Foram incluídos apenas estudos com populações gerais, que analisaram a duração do sono como variável principal ou secundária. Excluíram-se artigos com populações específicas ou condições clínicas. O foco foi entender como os estudos medem a curta duração do sono e quais ferramentas ou procedimentos são mais utilizados atualmente. RESULTADOS: A maioria dos estudos analisados utilizou métodos subjetivos, como questionários, para medir a duração do sono. Esses instrumentos são mais comuns por serem práticos e econômicos, mas sua precisão depende da memória dos participantes. Menos estudos utilizaram métodos objetivos, como acelerômetros, que oferecem resultados mais confiáveis, porém são mais caros e exigem conhecimento técnico. A maior parte das pesquisas foi realizada com adolescentes e em países estrangeiros. Também foi observada falta de padronização nos instrumentos, dificultando a comparação entre estudos. Esses achados mostram a importância de melhorar os métodos usados e ampliar as pesquisas sobre sono no Brasil. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados mostraram que, apesar da praticidade dos métodos subjetivos, como questionários, ainda há limitações importantes quanto à precisão das informações. Como o uso de acelerômetros, apresentam maior confiabilidade, mas são pouco utilizados por conta dos custos e da estrutura necessária. A maior parte das pesquisas foca em adolescentes, refletindo a preocupação com o sono nessa fase. Há também uma carência de padronização nos instrumentos utilizados. Portanto, conclui-se que é necessário desenvolver métodos mais padronizados e acessíveis, para que a avaliação do sono em jovens seja mais precisa e útil para ações em saúde pública.

PALAVRAS-CHAVE: Sono; Adolescência; Saúde; Métodos de Medição; Infância.