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METABOLISMO LIPÍDICO E DOENÇA DE PARKINSON: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

WUNG, Sara Chang Youn ¹; MARQUEZE, Luis Felipe Beltrão ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): PPGCS – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva, caracterizada pela perda seletiva de neurônios dopaminérgicos e pelo acúmulo de agregados proteicos. Estudos recentes apontam que o metabolismo lipídico exerce papel decisivo na estabilidade celular, na função mitocondrial e na integridade das membranas neuronais. Simultaneamente, a ferroptose, uma forma de morte celular programada dependente de ferro e peroxidação lipídica, tem sido implicada como mecanismo-chave na degeneração neuronal. A intersecção entre disfunções lipídicas e ativação da ferroptose apresenta-se como eixo promissor para compreender a fisiopatologia da doença. Dessa forma, urge a necessidade da integração desses conhecimentos para identificar novos alvos terapêuticos e biomarcadores. OBJETIVOS: Esta revisão teve como objetivo investigar as relações entre alterações no metabolismo lipídico e a ativação da ferroptose na Doença de Parkinson, analisando como esses mecanismos se articulam na promoção da neurodegeneração, com ênfase nas respostas celulares envolvidas, no papel das organelas, na participação da glia, nas estratégias terapêuticas promissoras e nos potenciais biomarcadores associados a esse eixo patológico. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida em bases de dados científicas de livre acesso. Foram incluídos artigos originais (n=75) publicados nos últimos quinze anos, com foco na relação entre metabolismo lipídico, ferroptose e Doença de Parkinson. Os descritores foram combinados com operadores booleanos para ampliar a sensibilidade e especificidade da busca. Os dados extraídos foram organizados por eixos temáticos, permitindo uma análise crítica e comparativa dos achados. Os critérios de elegibilidade e os procedimentos de extração seguiram rigor metodológico previamente estabelecido. RESULTADOS: dos analisados demonstram que a peroxidação de lipídios poli-insaturados, impulsionada pelo acúmulo de ferro intracelular, atua como gatilho da ferroptose em neurônios dopaminérgicos. A disfunção das vias antioxidantes, como o sistema GSH-GPX4, agrava o dano celular. A α-sinucleína, ao interagir com lipídios oxidados, intensifica o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial. Intervenções com compostos multitarget revelaram maior eficácia na inibição da cascata ferroptótica. A ativação glial sustentada também contribui para a liberação de ferro e inflamação crônica. Astrocitose reativa modulada mostrou potencial neuroprotetor em modelos experimentais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: desta pesquisa em andamento indicam, de forma preliminar, que o eixo metabolismo lipídico-ferroptose é um mecanismo potencialmente central na Doença de Parkinson. Esses achados iniciais sugerem que intervenções simultâneas na homeostase lipídica e no metabolismo do ferro podem representar uma estratégia terapêutica promissora, além de abrir caminho para a investigação de novos biomarcadores. A confirmação dessas hipóteses está condicionada à conclusão e à validação experimental dos próximas etapas do estudo.

PALAVRAS-CHAVE: Ferroptose; Doença de Parkinson; Metabolismo Lipídico; Ferro; Biomarcadores.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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