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TESTE DE PROGRESSO: RETENÇÃO DE CONHECIMENTO DO DISCENTE EM UM CURSO DE MEDICINA NO PARANÁ

PEREIRA, Bruna de Oliveira ¹; BERNARDELLI, Rafaella Stradiotto ³; KNOPFHOLZ, Jose ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O Teste de Progresso (TP) é uma avaliação cognitiva e formativa aplicada anualmente aos estudantes de Medicina, com o objetivo de acompanhar, de forma longitudinal, a aquisição e retenção do conhecimento. No Brasil, sua adoção por instituições de ensino superior tem crescido com o apoio de consórcios como o NAPISUL II. Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o TP é utilizado desde 2019 como ferramenta de autoavaliação discente e de gestão acadêmica, integrando-se a um currículo baseado em competências e na aprendizagem em espiral. Essa forma de avaliação permite identificar lacunas no currículo e na formação, bem como alinhar o perfil do egresso às necessidades do sistema de saúde. OBJETIVOS: Analisar a retenção e a progressão do conhecimento dos estudantes de Medicina da PUCPR com base no desempenho no Teste de Progresso, correlacionando os resultados obtidos com a exposição curricular das seis grandes áreas de conhecimento avaliadas no teste ao longo dos doze períodos do curso, possibilitando subsidiar ações de gestão acadêmica. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética da PUCPR (CAAE: 78769224.0.0000.0020). Foram analisados dados de 1007 estudantes que realizaram o TP em 2023, prova composta por 120 questões (20 por cada uma das seis grandes áreas: Ciências Básicas, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva). Os dados foram estratificados por período do curso e área de conhecimento, e comparados ao nível de exposição curricular de cada área, classificado em uma escala de 0 a 5: 0 (ausente), 1 (superficial), até 5 (consolidação). Essa escala foi definida com base na presença, frequência e profundidade dos conteúdos na matriz curricular. A análise estatística utilizou média, desvio padrão, ANOVA unifatorial com pós-teste de Bonferroni, e coeficiente de Spearman para verificar a correlação entre o desempenho dos estudantes em cada área e a força curricular do conteúdo correspondente. RESULTADOS: A adesão ao TP foi de 85,4%. Observou-se aumento progressivo nos acertos conforme o avanço no curso, de 29,1% no 1º período para 68,8% no 12º. Houve correlação direta e significativa entre a força curricular e o desempenho em Clínica Cirúrgica (r=0,571), Ginecologia/Obstetrícia (r=0,668), Pediatria (r=0,633) e Saúde Coletiva (r=0,428). Em Ciências Básicas, identificou-se correlação inversa (r=-0,403), indicando manutenção do conhecimento mesmo com menor exposição nos períodos finais. O desempenho da PUCPR superou o do consórcio NAPISUL II em várias áreas, especialmente no 12º período. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O TP demonstrou ser uma ferramenta eficaz para avaliar a retenção de conhecimento tão esperada ao longo da formação médica, além de excelente ferramenta de gestão curricular. A relação entre desempenho e força do conteúdo confirma a importância de currículos bem estruturados para promover aprendizagem significativa e duradoura, atingindo o perfil do egresso desejado. Os resultados reforçam o papel do TP no aprimoramento contínuo da formação médica e necessidade de mais estudos na área.

PALAVRAS-CHAVE: Educação médica; Avaliação Educacional; Estudantes de Medicina; Teste de Progresso; Retenção de Conhecimento.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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