ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
INTRODUÇÃO: A Depressão Pós-Parto (DPP) é um transtorno psiquiátrico que pode surgir até 12 meses após o parto, com sintomas como humor deprimido, anedonia e alterações no sono e apetite, afetando o cuidado materno e o desenvolvimento infantil. Outros transtornos do puerpério incluem a disforia pós-parto e a psicose puerperal.Entre os fatores de risco estão histórico de transtornos mentais, baixa condição socioeconômica, falta de apoio, gravidez não planejada e complicações gestacionais. A Escala de Edimburgo (EDPE) é amplamente utilizada para triagem, embora a DPP ainda seja subdiagnosticada, reforçando a importância da identificação precoce. OBJETIVOS: O Objetivo deste estudo é analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de depressão pós-parto (DPP) em puérperas de alto risco no Hospital Universitário de Londrina. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo realizado com puérperas atendidas no Hospital Universitário de Londrina (HU-UEL), entre maio e agosto de 2023. A amostra foi por conveniência, incluindo mulheres maiores de 18 anos que consentiram após leitura do TCLE.A coleta de dados ocorreu em duas fases: a primeira, entre agosto e setembro de 2023, com entrevistas telefônicas aplicando a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE); a segunda, entre abril e julho de 2025, com envio de questionário complementar a 46 mulheres com pontuação ≥10 na EDPE, das quais 22 responderam.A análise foi descritiva, realizada no Microsoft Excel®, com apresentação de frequências absolutas e relativas. As variáveis abordaram aspectos emocionais, sociais, financeiros, espirituais e de acesso à saúde. Não foram aplicados testes inferenciais. RESULTADOS: Estudo de coorte retrospectivo realizado com puérperas atendidas no Hospital Universitário de Londrina (HU-UEL), entre maio e agosto de 2023. A amostra foi por conveniência, incluindo mulheres maiores de 18 anos que consentiram após leitura do TCLE. Foram excluídas aquelas com barreiras linguísticas, menores de idade ou com filhos com doenças congênitas graves.A coleta de dados ocorreu em duas fases. Na primeira, entre agosto e setembro de 2023, foram realizadas entrevistas telefônicas entre o segundo e terceiro mês pós-parto, utilizando a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE), com ponto de corte ≥10. Na segunda fase, entre abril e julho de 2025, foram enviadas mensagens a 46 mulheres com pontuação elevada na EDPE, das quais 22 responderam ao questionário complementar.A análise estatística foi descritiva, realizada no Microsoft Excel®, com apresentação de frequências absolutas e relativas. As variáveis analisadas incluíram aspectos emocionais, sociais, financeiros, espirituais e de acesso à saúde. Por se tratar de estudo exploratório, não foram aplicados testes inferenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo revelou elevada prevalência de sintomas de depressão e ansiedade entre puérperas, associada à baixa busca por tratamento e apoio limitado. A vulnerabilidade emocional foi agravada por dificuldades financeiras e ausência de acompanhamento adequado nos serviços de saúde.Diante disso, recomenda-se a adoção de estratégias que incluam triagem sistemática em saúde mental no pós-parto, fortalecimento das redes de apoio, ampliação do acesso a tratamentos especializados e integração de suporte financeiro e espiritual, visando à promoção do bem-estar materno e à prevenção de impactos no vínculo mãe-bebê.
PALAVRAS-CHAVE: Depressão pós-parto; Depressão puerperal; Transtornos do humor puerperais; Saúde mental; Período pós-parto.
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