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O PROBLEMA DO “VIRTUAL E DO ATUAL” NA ONTOLOGIA DE GILLES DELEUZE

SANTOS, Deividi Almeida dos ¹; CRAIA, Eladio Constantino Pablo ²
Curso do(a) Estudante: Bacharelado em Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A ontologia de Gilles Deleuze caracteriza-se, entre outros aspectos, pela sua abordagem às questões do “virtual” e do “atual”, o que constitui também uma das suas contribuições filosóficas mais fundamentais. Para Deleuze, a relação entre “virtualidade” e “atualidade” está no cerne de sua ontologia. O “virtual” não deve ser entendido como uma instância apenas “possível”, mas como uma “realidade” dotada de um estatuto ontológico próprio de existência. O “virtual” é entendido como um campo de forças e potencialidades que existe simultaneamente com o presente “atualizado”, onde, justamente, a produção do real consiste na transição do “virtual” para o “atual”. Dessa forma, “realidade” e “virtualidade” não são antagônicas, dado que o virtual é real embora não atual, mantendo-se entre estas duas dimensões uma relação dinâmica e uma influência mútua. OBJETIVOS: O objetivo da pesquisa desenvolvida foi o de explorar de que modo Deleuze aborda a questão do virtual e do atual, seu estatuto e sua dinâmica, no âmbito de sua ontologia, em oposição à ontologia tradicional. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia utilizada neste estudo consistiu inicialmente em uma revisão bibliográfica aprofundada da ontologia de Gilles Deleuze, enfatizando seus conceitos centrais de “virtual” e “atual”. Foram estudados livros, artigos científicos e outros documentos relacionados ao tema com o objetivo de aprofundar a compreensão da abordagem de Deleuze. RESULTADOS: Para Deleuze, a relação entre “virtualidade” e “atualidade” está no cerne de sua filosofia. O “virtual” não deve ser entendido como uma instância apenas “possível”, mas como uma “realidade” dotada de um estatuto ontológico próprio de existência. O “virtual” é entendido como um campo de forças e potencialidades que existe simultaneamente com o presente “atualizado”, onde, justamente, a produção do real consiste na transição do “virtual” para o “atual”. Dessa forma, “realidade” e “virtualidade” não são antagônicas, dado que o virtual é real embora não atual, mantendo-se entre estas duas dimensões uma relação dinâmica e uma influência mútua. Deste ponto de vista, os conceitos-chave da ontologia de Deleuze, como “multiplicidade”, “imanência”, “devir” e “diferença”, desempenham um papel crucial na compreensão da natureza do virtual e da sua relação com o atual entendido como determinação concreta. “Multiplicidade” refere-se a uma realidade que não pode ser reduzida à unidade ou à simples identidade, mas que envolve heterogeneidade interna. “Imanência” refere-se a um plano de coerência no qual os conceitos se movem e se conectam sem qualquer referência à transcendência. O conceito de “devir” mostra um processo contínuo de transformação e diferenciação em que o “virtual” é constantemente renovado sem se degradar. Nesse sentido, a “diferença” não é apenas uma oposição, mas uma condição de possibilidade de existência e de pensamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ontologia deleuziana apresenta o “virtual” e o “atual” como dimensões indissociáveis da existência, constantemente “atualizadas” e “virtualizadas”. Longe de se oporem, “virtualidade” e “realidade” formam uma relação dinâmica e criativa onde pensamento e existência se tornam indistinguíveis. Este conceito ontológico constitui a contribuição fundamental de Deleuze para a compreensão da fluidez e da formação contínua da realidade.

PALAVRAS-CHAVE: Deleuze; Virtual; Atual; Ontologia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.

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