ÍNDICES PROMOTORES PARA UMA PROPOSTA DE MÉTRICA PARA CONCEITUAR SMART CITIES
INTRODUÇÃO: O presente trabalho propõe a criação de uma métrica nacional para o ranqueamento de cidades inteligentes, considerando critérios que impactam de forma direta e mensurável a qualidade de vida da população. A proposta surgiu diante da constatação de que muitos modelos existentes privilegiam aspectos tecnológicos ou estruturais em detrimento de fatores sociais básicos, o que pode resultar em classificações distorcidas, sobretudo em contextos urbanos desiguais. Dessa forma, o estudo buscou compreender quais critérios são mais eficazes na promoção do bem-estar urbano, além de discutir a viabilidade de um ranqueamento global frente às especificidades regionais brasileiras. OBJETIVOS: A pesquisa teve como objetivo geral o desenvolvimento de uma métrica de classificação de cidades inteligentes adaptada à realidade brasileira. Como objetivos específicos, destacam-se: (i) identificar os critérios mais relevantes para o bem-estar urbano; (ii) atribuir pesos proporcionais à relevância de cada critério na vida cotidiana das populações urbanas; e (iii) aplicar uma lógica de comparação entre cidades com condições socioeconômicas semelhantes, especialmente com base no IDH. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia do estudo envolveu a análise de modelos nacionais e internacionais de ranqueamento de smart cities, bem como documentos técnicos e normativos voltados à gestão urbana. Foram utilizadas análises comparativas, levantamento bibliográfico e diagnóstico crítico dos critérios analisados. Além disso, aplicaram-se ferramentas como a matriz SWOT, para avaliar vantagens e limitações dos modelos existentes, e uma técnica de hierarquização dos critérios a partir de sua contribuição prática para a melhoria da qualidade de vida urbana. RESULTADOS: Os resultados indicaram que os critérios com maior impacto positivo na vida urbana são, em ordem de prioridade: Saneamento básico, nível socioeconômico, educação, saúde e bem estar, mobilidade urbana, segurança, tecnologia, governança e transparência, qualidade ambiental e outros. Cada dimensão foi ponderada de acordo com seu peso relativo, compondo uma estrutura de valoração que orienta a classificação das cidades. O modelo proposto se diferencia por considerar, de forma integrada, tanto dados objetivos quanto a experiência vivida pelas populações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que um ranqueamento nacional, com critérios ajustados à realidade brasileira e focado na justiça social, apresenta maior aplicabilidade do que modelos globais padronizados. A proposta oferece uma alternativa metodológica inovadora, capaz de orientar políticas públicas mais equitativas e efetivas.
PALAVRAS-CHAVE: Cidades Inteligentes; Ranqueamento; Políticas Públicas; Índice de desenvolvimento humano; Métrica de Avaliação.
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