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RASTREIO DE SINAIS DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO EM CRIANÇAS DE MÃES QUE FORAM INFECTADAS PELO COVID-19 DURANTE A GESTAÇÃO

CANTU, Maria Clara Fernandes ¹; GODOY, Maria Clara Jaeger ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a pandemia de COVID-19 despertou crescente interesse científico quanto aos possíveis efeitos da infecção materna pelo vírus SARS-CoV-2 sobre a gestação e o desenvolvimento infantil. Pesquisas recentes apontam que processos inflamatórios e alterações imunológicas durante a gravidez podem influenciar o neurodesenvolvimento, levantando hipóteses sobre uma possível relação com condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo rastrear sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças de dois anos de idade cujas mães foram infectadas pelo vírus SARS-CoV-2 durante a gestação. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa faz parte de um projeto maior, desenvolvido em parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Monash University, que investiga os efeitos da exposição intrauterina ao COVID-19 no neurodesenvolvimento infantil. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e de caráter exploratório, com base em dados sociodemográficos, clínicos e comportamentais. A amostra foi composta por 18 crianças e suas mães, que já eram acompanhadas no ambulatório acadêmico de especialidades médicas. A avaliação foi realizada por meio da aplicação da escala Autism Diagnostic Observation Schedule, Second Edition (ADOS-2), instrumento padronizado reconhecido internacionalmente para rastreio de sinais de TEA em diferentes faixas de idade. Foi utilizado o Módulo Toddler destinado a crianças pequenas com linguagem verbal emergente ou ausente. RESULTADOS: Os dados obtidos revelaram que a maioria das crianças apresentou escores dentro da faixa de “pouca ou nenhuma preocupação”, porém aproximadamente um terço da amostra foi classificada nas faixas de “leve ou moderada preocupação” e, em um caso, “preocupação moderada ou severa”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses achados indicam a importância do acompanhamento precoce de crianças expostas a fatores gestacionais de risco, ainda que os dados não confirmem uma relação causal direta entre a infecção materna e o TEA. O estudo também reforça a necessidade de considerar aspectos contextuais e ambientais que influenciam o desenvolvimento infantil, como a exposição a experiências de socialização, a qualidade das interações familiares, o tempo disponível dos cuidadores e o nível de escolaridade dos responsáveis. Os resultados contribuem para o campo da avaliação precoce e apontam para a relevância de investigações futuras com amostras ampliadas e grupos comparativos.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do espectro autista; Neurodesenvolvimento infantil; Infecção gestacional; SARS-CoV-2; ADOS-2.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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