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AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O NEURODESENVOLVIMENTO INFANTIL E A QUALIDADE DE VIDA MATERNA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA DA COORTE COVIDEV

YOSHI, Halyssa Christinna Mayumi Hungaro ¹; BIGNARI, Paulo Roberto ³; CASTRO, Luci Keiko Kuromoto ³; CASTRO, Luci Keiko Kuromoto ³; COSTA, Viviane de Souza Pinho ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil é resultado de uma união de fatores, incluindo a relação mãe-bebê. Dessa forma, faz-se necessário avaliar o quanto a qualidade de vida materna pós-parto influencia no neurodesenvolvimento do filho. A qualidade de vida (QV), definida pela Organização Mundial da Saúde, contempla a visão do indivíduo sobre si, sua posição diante da cultura e valores com os quais entra em contato, seus objetivos, expectativas e padrões. OBJETIVOS: Avaliar a relação entre o neurodesenvolvimento infantil ao primeiro ano de vida e a qualidade de vida materna aos 3 meses pós-parto, considerando a exposição ao vírus SARS-CoV-2 pré-natal e perfis clínico e sociodemográfico da população MATERIAIS E MÉTODO: No contexto apresentado, o questionário 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) foi utilizado para avaliação da qualidade de vida materna aos 3 meses pós-parto. Esse reúne doze perguntas sobre oito dimensões influentes na qualidade de vida – função física, aspecto físico, dor, saúde geral, vitalidade, função social, aspecto emocional e saúde mental – a partir da percepção do entrevistado em relação a si e sua saúde. Os escores obtidos ao fim do questionário são divididos em físico (Physical Component Summary, PCS) e mental (Mental Component Summary, MCS), sendo que quanto maior o escore de zero a cem em ambos, melhor QV. Para avaliação do neurodesenvolvimento infantil em indivíduos com um ano de vida, utilizou-se o Bayley-III, instrumento que pontua cinco áreas diferentes com testes avaliativos de acordo com a faixa etária desejada. Os domínios e a respectiva quantidade de testes são: cognitivo (36), comunicação receptiva (12), comunicação expressiva (13), motricidade fina (28) e motricidade grossa (46) RESULTADOS: Os resultados apresentados são de 69 díades mãe-filho participantes de uma coorte prospectiva. Na qualidade de vida materna, a mediana do PCS foi de 47,79 (26,52 – 60,08), enquanto que a mediana do MCS foi 49,29 (16,01 – 61,27). Em relação aos resultados de neurodesenvolvimento, a mediana para o domínio cognitivo foi de 34 (8 – 36), de 12 (6 – 12) para o domínio comunicação receptiva, 12 (1 – 13) para domínio comunicação expressiva, 26 (0 – 28) para o domínio motor fino e 40 (0 – 46) para motor grosso. Utilizando o Teste de Correlação Spearman, obteve-se a correlação significativa entre o domínio motor fino da criança com o score PCS da mãe (Rho = -0.0303 e p= 0,011). Para as correlações entre idade materna e PCS ou MCS, e o resultado dos outros domínios de desenvolvimento infantil e PCS e MCS, não houve diferença estatística. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir do estudo apresentado, conclui-se que a relação entre a QV materna aos 3 meses pós-parto e o neurodesenvolvimento infantil no primeiro ano de vida estão associados com menor escore do domínio de motricidade fina. Mais estudos com maior número de indivíduos são necessários para confirmar estes achados.

PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de Vida; Desenvolvimento Infantil; Relações Mãe-Filho.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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