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CARACTERIZAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO URINÁRIAS – IMUNOFENOTIPAGEM E DIFERENCIAÇÃO

RIBEIRO, Lucas de Oliveira ¹; CASTRO, Maria Luiza de ³; MIRA, Marcelo Tavora ²
Curso do(a) Estudante: Biotecnologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As células-tronco mesenquimais (MSC – do inglês, mesenchymal stem cell) são células multipotentes adultas que podem ser utilizadas como modelos para o estudo de doenças infecciosas complexas, além de outras aplicações tanto em pesquisa básica quanto clínica. A Sociedade Internacional de Terapia Celular e Gênica (ISCT – do inglês International Society of Cell Therapy) define critérios para classificar as células como MSC: aderência ao plástico, morfologia fibroblastoide, potencial de diferenciação em três linhagens e expressão de um perfil imunofenotípico específico. As MSC podem ser obtidas de várias fontes como medula óssea, tecidos dentários e a urina. As MSC isoladas da urina (USC – do inglês urine-derived stem cells) ainda são pouco exploradas, mesmo com a praticidade da coleta não invasiva e isolamento simples em comparação com as outras fontes de MSC. Por conta disto, estudos em caracterização das USCs ainda são necessários. OBJETIVOS: O objetivo geral deste estudo é avaliar o potencial de USC com o padrão estabelecido pela ISCT. Os objetivos específicos são: 1. Avaliar a expressão de marcadores de membrana das USCs, conforme sugerido pela ISCT; 2. Avaliar a capacidade de diferenciação osteogênica das USCs; 3. Avaliar a capacidade de diferenciação adipogênica das USCs. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi aprovado pelos comitês de ética local (pareceres nº 1.709.543 e nº 2.156.286). As USCs foram obtidas a partir da urina (~200 mL) de dez doadores, por meio do método FGF2. Foram caracterizadas por análise morfológica em microscópio invertido, imunofenotipagem por citometria de fluxo e diferenciação osteogênica e adipogênica, conforme os critérios da ISCT. A diferenciação osteogênica foi confirmada por coloração com Alizarina Red S para detecção de depósitos de cálcio, enquanto a adipogênica foi evidenciada por Oil Red O para identificação de vacúolos lipídicos, seguido de quantificação espectrofotométrica. A estabilidade genética das USCs foi avaliada por citogenética clássica. RESULTADOS: As colônias apresentaram morfologia fibroblastoide e aderência ao plástico. As USCs expressaram fortemente marcadores de células mesenquimais (CD29, CD73, CD90, CD105), marcador de célula urinária (CD13) e marcadores neuronais (CD56, CD146). Houve baixa expressão para CD14, CD19, CD34, CD45, HLA-DR e CD271, atendendo aos critérios estabelecidos pela ISCT. As USC foram capazes de se diferenciar em células osteogênicas, porém não foram capazes de se diferenciar em células adipogênicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados indicam que as USCs atendem aos critérios básicos definidos pela ISCT para células-tronco mesenquimais, com morfologia característica, perfil imunofenotípico compatível e capacidade de diferenciação osteogênica. No entanto, a ausência de diferenciação adipogênica ressalta a necessidade de estudos adicionais para melhor compreender o potencial multipotente dessas células e padronizar protocolos de diferenciação.

PALAVRAS-CHAVE: Células-tronco urinárias; Caracterização; Expressão imunofenotipica; Células-tronco mesenquimais; Diferenciação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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