PAISAGEM HUMANIZADA: DA TEORIA À PRÁTICA URBANÍSTICA E PAISAGÍSTICA EM CIDADES LATINO-AMERICANAS
INTRODUÇÃO: A urbanização acelerada, emergências sanitárias e desigualdades espaciais evidenciam fragilidades em cidades contemporâneas, revelando necessidades urgentes para enfrentamento dessas dificuldades, sobretudo sob a perspectiva da humanização dos espaços. No contexto latino-americano, os desafios são acentuados por estruturas urbanas precarizadas, tornando-se ainda mais premente a busca por alternativas para mitigação de impactos. OBJETIVOS: Nesse contexto, visa-se ao preenchimento de lacunas metodológicas para amenização dessas adversidades, com o objetivo de desenvolver soluções urbanísticas e paisagísticas, em nível de projeto, planejamento e gestão de cidades médias da América Latina. O estudo tem foco em áreas centrais, propondo meios para fortalecimento de conexões sociais e de promoção da qualidade de vida. MATERIAIS E MÉTODO: De caráter exploratório e aplicado e feição mutimétodos e qualiquantitativa, a pesquisa foi estruturada em três etapas principais, iniciando com a fundamentação teórico-metodológica, com revisão de fontes secundárias relacionadas a teorias e conceitos, a partir de busca em bases como Google Scholar, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Science Direct, Scopus, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), bem como a casos práticos. Essas informações foram sistematizadas em fichas de leitura. Prosseguindo, foi realizada a contextualização de cinco cidades (Concepción, Chile; São José dos Pinhais, Paraná, Brasil; Popayán, Colômbia; Toluca, México; Córdoba, Argentina), com interpretação de vulnerabilidades em cinco pontos estratégicos nas suas áreas centrais. Finalizando, foi executada a proposição de diretrizes para resiliência citadina a partir da representação de propostas em exemplos projetuais. RESULTADOS: Os resultados analíticos demonstram, por um lado, relações urbanas inadequadas, que intensificam a insegurança e desencadeiam o isolamento das pessoas; por outro, indicam respostas ao questionamento investigativo sobre quais são os aspectos indutores de transformação da teoria em prática urbanístico-paisagística, com comprovação da hipótese de que soluções inovadoras e modelos aplicáveis a condições locais possibilitam, por meio da conformação de cenários humanizados, a atenuação de adversidades urbanísticas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, portanto, que as atuais ferramentas aplicadas nas urbes não são suficientes para a garantia da sua adaptabilidade a novos cenários e que as diretrizes espaciais devem considerar aspectos como interação comunitária, ampliação de áreas verdes, mobilidade ativa e conectividade territorial, dentre outros. A implementação de novas estratégias, adaptadas à realidade latino-americana, potencializa a construção de espaços urbanos mais humanos, inclusivos e sustentáveis.
PALAVRAS-CHAVE: Paisagem urbana; Humanização espacial; Soluções projetuais; Gestão pública; Cidades médias.
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