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ALINHANDO RESPONSABILIDADE: EXPLORANDO AS CORRELAÇÕES ENTRE A ÉTICA DA RESPONSABILIDAE DE HANS JONAS E OS ODS DA ONU DIANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

SIQUEIRA FILHO, Marcelo Gandolfi ¹; SGANZERLA, Anor ²
Curso do(a) Estudante: Direito – Escola de Direito – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Atualmente, a priorização do crescimento econômico imediato versus a urgência de proteger o meio ambiente se agrava em face dos impactos das mudanças climáticas, a exemplo da elevação do nível do mar, ondas de calor extremas, declínio da biodiversidade e riscos à segurança alimentar e à saúde humana; nesse contexto, a ética da responsabilidade de Hans Jonas, que realça os efeitos das ações humanas nas futuras gerações e a importância de conciliar as atividades de hoje com a manutenção de uma vida autêntica no futuro, apresenta um alicerce ético para a gestão global. OBJETIVOS: Examinar os princípios teóricos da ética da responsabilidade de Hans Jonas — como o dever de garantir a existência, a heurística do medo e a importância da precaução — e, em segundo lugar, identificar a presença e a relação desses princípios nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, especialmente nos ODS relacionados ao combate às mudanças climáticas e à justiça climática (ODS 9, 12, 13, 15 e 17). MATERIAIS E MÉTODO: Foi adotada uma abordagem bibliográfica qualitativa de caráter exploratório-descritivo, através de uma revisão narrativa das principais obras de Jonas e dos documentos fundadores dos ODS (declarações de Estocolmo 1972, Eco-92, Metas do Milênio e Agenda 2030), visando rastrear a evolução histórica da agenda ambiental e identificar as relações conceituais. RESULTADOS: A análise evidencia convergências claras entre os imperativos jonasianos e as metas climáticas da Agenda 2030, com destaque para a priorização da responsabilidade entre gerações, o uso de tecnologias limpas, a promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo e a criação de parcerias globais justas; no entanto, identificam-se lacunas em relação à ausência de mecanismos obrigatórios de responsabilização jurídica e financeira para os maiores emissores de carbono, o que fragiliza o princípio da precaução e a eficácia das políticas climáticas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da ética da responsabilidade de Hans Jonas e os ODS partilharem da mesma visão de longo prazo e de precaução, a ausência de consequências para quem não cumpre os compromissos climáticos é um desafio concreto a realização desse ideal.

PALAVRAS-CHAVE: Ética da responsabilidade; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Justiça climática; Governança global; Mudanças climáticas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.

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