Logo PUCPR

VIOLÊNCIA E LIBERDADE: UMA ANÁLISE DOS CONDENADOS DA TERRA DE FRANZ FANON

SANTOS, Gabriele Roberta Belchior dos ¹; FALABRETTI, Ericson Savio ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pesquisa mostrou que a violência colonial vai além do físico, atuando simbolicamente ao impor um ideal civilizatório e racial que molda a subjetividade do colonizado. Para Fanon, a violência decolonial não é um fim, mas um meio indispensável diante da estrutura violenta do colonialismo. A descolonização implica reorganizar o mundo e reconstruir o sujeito oprimido, não apenas substituir o colonizador. Os efeitos psíquicos dessa violência incluem alienação, inferiorização racial e silenciamento do corpo, gerando impactos coletivos na saúde mental. Fanon defende que a libertação política deve estar ligada à cura subjetiva, sendo a violência revolucionária catalisadora dessa transformação. OBJETIVOS: O estudo teve como objetivo analisar a visão de Fanon sobre a violência revolucionária como meio de libertação nas lutas anticoloniais. Buscou compreender sua postura ambivalente, marcada pela aversão pessoal à violência, mas pela defesa de seu uso na luta contracolonial. Investigou o papel dessa violência como resposta à opressão e como caminho para a liberdade e dignidade dos oprimidos. Por fim, avaliou a importância, para Fanon, de substituir a sociedade colonial por uma sociedade livre, visando a promoção da saúde psíquica e do bem-estar coletivo. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa, baseada em revisão de literatura narrativa com enfoque qualitativo, investigou a concepção de violência em Frantz Fanon. As fontes incluíram artigos, capítulos e textos sobre a dimensão psíquica da violência, a relação entre clínica e política e debates divergentes. O material foi organizado em categorias conceituais e analisado criticamente, buscando compreender as relações entre violência colonial, desumanização e reconstrução subjetiva. RESULTADOS: O ChatGPT disse:A pesquisa identificou que, para Fanon, a violência colonial é estrutural, atingindo dimensões simbólicas, culturais e psíquicas do colonizado. A violência revolucionária, nesse sentido, é uma resposta à violência instaurada desde o início do colonialismo e sustentada pelo racismo. Também se destacou a relação entre violência e saúde mental, com a violência colonizadora descrita como “besta-bifronte”, que compartimenta o mundo e impõe uma ruptura não apenas material, mas ontológica. Essa ruptura redefine a noção de humanidade no pós-colonial e, segundo Fanon, a libertação do colonizado exige a violência como instrumento de emancipação, problematizando o próprio conceito de humanidade sob o colonialismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa conclui que, para Fanon, a violência revolucionária é paradoxal: destrói o presente colonial e, simultaneamente, inaugura um futuro possível. Não é violência moralmente destrutiva, mas ruptura necessária contra uma estrutura fundada na negação da humanidade de um povo. O colonialismo opera por um binarismo rígido, colocando o colonizado em posição sub-humana, exigindo que a libertação seja também reconstrução subjetiva. A violência decolonial não expressa ódio individual, mas reação coletiva vital para romper o ciclo opressor. Trata-se de sobrevivência, não vingança, criando condições para novas formas de vida e política. Assim, a descolonização não é gentil: é afirmação radical da existência, gesto pelo qual o colonizado proclama “eu sou” e torna a liberdade uma possibilidade concreta.

PALAVRAS-CHAVE: Fanon; Violência; Colonialismo; Libertação; Decolonialismo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.