VIOLÊNCIA E LIBERDADE: UMA ANÁLISE DOS CONDENADOS DA TERRA DE FRANZ FANON
INTRODUÇÃO: A pesquisa mostrou que a violência colonial vai além do físico, atuando simbolicamente ao impor um ideal civilizatório e racial que molda a subjetividade do colonizado. Para Fanon, a violência decolonial não é um fim, mas um meio indispensável diante da estrutura violenta do colonialismo. A descolonização implica reorganizar o mundo e reconstruir o sujeito oprimido, não apenas substituir o colonizador. Os efeitos psíquicos dessa violência incluem alienação, inferiorização racial e silenciamento do corpo, gerando impactos coletivos na saúde mental. Fanon defende que a libertação política deve estar ligada à cura subjetiva, sendo a violência revolucionária catalisadora dessa transformação. OBJETIVOS: O estudo teve como objetivo analisar a visão de Fanon sobre a violência revolucionária como meio de libertação nas lutas anticoloniais. Buscou compreender sua postura ambivalente, marcada pela aversão pessoal à violência, mas pela defesa de seu uso na luta contracolonial. Investigou o papel dessa violência como resposta à opressão e como caminho para a liberdade e dignidade dos oprimidos. Por fim, avaliou a importância, para Fanon, de substituir a sociedade colonial por uma sociedade livre, visando a promoção da saúde psíquica e do bem-estar coletivo. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa, baseada em revisão de literatura narrativa com enfoque qualitativo, investigou a concepção de violência em Frantz Fanon. As fontes incluíram artigos, capítulos e textos sobre a dimensão psíquica da violência, a relação entre clínica e política e debates divergentes. O material foi organizado em categorias conceituais e analisado criticamente, buscando compreender as relações entre violência colonial, desumanização e reconstrução subjetiva. RESULTADOS: O ChatGPT disse:A pesquisa identificou que, para Fanon, a violência colonial é estrutural, atingindo dimensões simbólicas, culturais e psíquicas do colonizado. A violência revolucionária, nesse sentido, é uma resposta à violência instaurada desde o início do colonialismo e sustentada pelo racismo. Também se destacou a relação entre violência e saúde mental, com a violência colonizadora descrita como “besta-bifronte”, que compartimenta o mundo e impõe uma ruptura não apenas material, mas ontológica. Essa ruptura redefine a noção de humanidade no pós-colonial e, segundo Fanon, a libertação do colonizado exige a violência como instrumento de emancipação, problematizando o próprio conceito de humanidade sob o colonialismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa conclui que, para Fanon, a violência revolucionária é paradoxal: destrói o presente colonial e, simultaneamente, inaugura um futuro possível. Não é violência moralmente destrutiva, mas ruptura necessária contra uma estrutura fundada na negação da humanidade de um povo. O colonialismo opera por um binarismo rígido, colocando o colonizado em posição sub-humana, exigindo que a libertação seja também reconstrução subjetiva. A violência decolonial não expressa ódio individual, mas reação coletiva vital para romper o ciclo opressor. Trata-se de sobrevivência, não vingança, criando condições para novas formas de vida e política. Assim, a descolonização não é gentil: é afirmação radical da existência, gesto pelo qual o colonizado proclama “eu sou” e torna a liberdade uma possibilidade concreta.
PALAVRAS-CHAVE: Fanon; Violência; Colonialismo; Libertação; Decolonialismo.
Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.