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ANÁLISE DE SOBREVIDA E EFEITOS COLATERAIS EM TRATAMENTOS INOVADORES DE MELANOMA EM UM CENTRO ONCOLÓGICO NO SUL DO BRASIL

MENDES, Alexia Moreira ¹; LUCAS., Gustavo Vasili ³; NARDIN, Jeanine Marie ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O melanoma é um câncer de pele agressivo, com alto potencial metastático, responsável pela maioria das mortes por neoplasias cutâneas, embora represente cerca de 1% dos casos. Em 2020, estimou-se mundialmente 325 mil novos casos e 57 mil óbitos, com o Sul do Brasil apresentando a maior incidência nacional. A introdução recente de terapias sistêmicas inovadoras, como imunoterapia e terapias-alvo, tem contribuído para a redução da mortalidade, oferecendo maior eficácia em comparação aos tratamentos tradicionais. Apesar desses avanços, há escassez de dados de mundo real que avaliem a incorporação e o desempenho dessas terapias na prática clínica brasileira. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade e a segurança das terapias sistêmicas emergentes no tratamento do melanoma em um centro oncológico privado de Curitiba, por meio da análise da sobrevida global (SG) além de investigar o perfil de toxicidade MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado na revisão de prontuários de pacientes diagnosticados com melanoma e tratados entre abril de 2019 e abril de 2024. Foram coletados dados demográficos, clínicos, terapêuticos e de desfecho por meio de formulário eletrônico estruturado, abrangendo todos os estágios da doença. A análise estatística incluiu métodos descritivos e inferenciais para estimativa de SG e avaliação do perfil de eventos adversos. RESULTADOS: Entre os 60 pacientes incluídos, as terapias mais utilizadas foram nivolumabe (26,5%) e pembrolizumabe (22,4%), com uso frequente em monoterapia ou em combinação. A análise evidenciou 46,7% de ocorrência de toxicidades, predominando rash cutâneo e fadiga (16,3% cada), sendo a maioria manejada sem necessidade de interrupção ou redução de dose; apenas 10,2% dos casos resultaram em suspensão do tratamento. Não foi possível estimar a mediana de SG; a média estimada pela análise de Kaplan-Meier foi de 174,18 meses (IC95%: 131,31–217,05). O perfil de toxicidade evidenciou incidência variável de eventos adversos, predominando toxicidades grau 1 e 2, com manejo ambulatorial na maioria dos casos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses achados reforçam o papel das terapias inovadoras na prática clínica, ao mesmo tempo em que evidenciam a necessidade de monitoramento contínuo e coleta sistemática de dados para aprimorar a tomada de decisão terapêutica.

PALAVRAS-CHAVE: Melanoma; Imunoterapia; Terapia alvo; Sobrevida; Toxicidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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