ESTABELECIMENTO DE UM PROTOCOLO DE MICROPROPAGAÇÃO PARA CULTIVARES DE OLIVEIRA
INTRODUÇÃO: A micropropagação destaca-se como uma técnica eficiente para a produção de mudas de oliveira (Olea europaea L.), a exemplo das cultivares Arbequina e Arbosana, amplamente utilizadas em plantios comerciais. Nesse contexto, a etapa de desinfestação é crítica para o sucesso do cultivo in vitro, exigindo protocolos que equilibrem a redução de contaminantes com a manutenção da viabilidade dos explantes. OBJETIVOS: Com isso, este trabalho teve como objetivo desenvolver um protocolo de micropropagação para as cultivares de oliveira ‘Arbequina’ e ‘Arbosana’. MATERIAIS E MÉTODO: Foram conduzidos dois experimentos em delineamento inteiramente casualizado, utilizando segmentos uninodais cultivados em meio MS. No primeiro experimento, utilizando a cultivar Arbequina, testaram-se quatro concentrações de NaClO (0,5%, 1,0%, 1,5% e 2,0%). No segundo experimento, utilizando ‘Arbosana’, avaliaram-se as concentrações de 0,75%, 1,0% e 1,25% de NaClO. RESULTADOS: A taxa de sobrevivência dos explantes variou de 60% a 68%, sem diferenças estatísticas significativas. A menor incidência de contaminação fúngica (8,0%) foi observada com 0,5% de NaClO, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos, enquanto a menor oxidação tecidual ocorreu com 2,0%. Além disso, os percentuais de contaminação bacteriana dos tratamentos não apresentaram uma diferença estatisticamente significativa. As taxas de sobrevivência foram mais baixas, sendo 1,25% o tratamento com melhor desempenho (23,33%). Notavelmente, a maior contaminação bacteriana foi registrada com 0,75% (70,0%), e a presença de fungos permaneceu elevada em todos os tratamentos. O tratamento com 1,25% também apresentou os maiores índices de oxidação (16,67%) e de incidência de bactérias endofíticas (20,0%). Os resultados indicam que a eficiência da desinfestação para essas cultivares está relacionada a diversos fatores, como a concentração do desinfestante, o estado fisiológico dos explantes, as condições de cultivo e as interações com o meio de cultura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, conclui-se que, para ‘Arbequina’ e ‘Arbosana’, são necessários protocolos de desinfestação específicos, que levem em consideração a sensibilidade do material vegetal, a carga microbiana endofítica e as variáveis do ambiente de cultivo in vitro, a fim de aprimorar as técnicas de micropropagação para essas cultivares.
PALAVRAS-CHAVE: Olea europaea L.; ‘arbequina’; ‘arbosana’; Micropropagação; Desinfestação superficial.
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