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PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE ATLETAS DE CROSSFIT NA CIDADE DE CURITIBA-PR

FLORIANI, Bárbara Kyt ¹; CAMILOTTI, Barbara Maria ²
Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O CrossFit é uma modalidade de treinamento físico de alta intensidade que combina exercícios aeróbicos, calistênicos e levantamento olímpico, visando força, resistência, agilidade e condicionamento geral. Apesar dos benefícios, o elevado volume e a complexidade dos movimentos podem aumentar o risco de lesões musculoesqueléticas, cuja incidência varia de 0,2 a 18,9 por 1.000 horas de prática. Estudos apontam o ombro como a região mais vulnerável, devido à alta demanda de mobilidade, estabilidade e força, especialmente em exercícios overhead. Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico de atletas de CrossFit de Curitiba-PR, analisando dores, lesões, características demográficas e antropométricas, além da função do ombro por meio do Teste de Jobe e da força isométrica dos músculos do manguito rotador. OBJETIVOS: Identificar o perfil epidemiológico de atletas de CrossFit de Curitiba-PR, analisando dores, lesões, características demográficas e antropométricas, além da função do ombro por meio do Teste de Jobe e da força isométrica dos músculos do manguito rotador. MATERIAIS E MÉTODO: Participaram 42 praticantes, de ambos os sexos, com idades entre 23 e 50 anos. Os atletas responderam questionário sobre dados demográficos, histórico de dor e lesão relacionada ao CrossFit, seguido de testes de força isométrica para rotação interna, rotação externa e abdução do ombro, além do Teste de Jobe para avaliação do tendão supraespinhal. RESULTADOS: A média de idade foi 36 anos (±6,75), altura 169 cm (±9,9), peso 73,27 kg (±13,09) e IMC 25,31 kg/m² (±2,62), classificado como sobrepeso segundo a OMS, embora tal índice possa superestimar gordura corporal em atletas. O questionário mostrou prevalência de lesões no ombro, corroborando a literatura como região mais afetada nessa modalidade. Observou-se que 35,71% dos participantes já tiveram lesão relacionada ao CrossFit, enquanto 88,1% relataram dor atual — sendo que o número de pessoas com dor foi menor que o de indivíduos com histórico de lesão, sugerindo que parte estava assintomática no momento da avaliação. As dores mais frequentes ocorreram na coluna (21,43%), ombro (16,67%) e joelho (14,29%). Entre as lesões, o ombro foi o mais acometido (40% dos casos), seguido por joelho e coluna (7,14% cada). O Teste de Jobe foi positivo em 11,90% dos participantes, e a análise de força isométrica revelou predominância significativa do lado dominante em todos os movimentos, o que pode favorecer desequilíbrios musculares e sobrecarga unilateral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo confirma que o ombro, especialmente o manguito rotador, é a estrutura mais vulnerável no CrossFit, e que lesões podem estar presentes mesmo sem sintomas atuais. Recomenda-se prevenção contínua, com fortalecimento e estabilização do ombro, ajustes técnicos nos exercícios e monitoramento periódico, visando reduzir a incidência de lesões e preservar o desempenho a longo prazo.

PALAVRAS-CHAVE: CrossFit; Perfil Epidemiológico; Lesões Musculoesqueléticas; Biomecânica; Ombro.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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