VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO PÓ DE BASALTO ASSOCIADO AO PLANTIO DE CALÊNDULA E GRÃO-DE-BICO PARA PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
INTRODUÇÃO: O estudo deste projeto apresenta como proposta central propor alternativas sustentáveis para a nutrição do solo frente a dependência brasileira por fertilizantes importados, especialmente os de potássio, fósforo e nitrogênio (NPK), cuja demanda nacional supera a capacidade de produção de fertilizantes interna. Neste sentido, a pesquisa propõe avaliar o uso de pó de rocha basáltica como adubo alternativo e nacionalmente disponível, associado a práticas conservacionistas como o plantio direto juntamente com estratégia de culturas com potencial de produção de biomassa e retorno econômico, como camomila, grão-de-bico e calêndula. Com o intuito de entender como a rochagem e o manejo de cobertura do solo influenciam a fertilidade e produtividade agrícola de maneira sustentável, visando a redução de dependência externa por insumos químicos. A pesquisa propõe gerar conhecimento sobre efeitos agronômicos de insumos alternativos em diferentes condições edafoclimáticas, promovendo sistemas agrícolas mais resilientes, econômicos e ambientalmente sustentáveis. OBJETIVOS: Objetivo de trabalho é estudar, pelo segundo ano consecutivo, a viabilidade de técnica e econômica da adubação com pó de rocha basáltica e rotação de calêndula e grão-de-bico como tecnologia de baixo custo para sistemas conservacionistas de solos em pequenas propriedades rurais. MATERIAIS E MÉTODO: O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Gralha Azul (PUCPR), em condições de clima subtropical (Cfb). O solo foi caracterizado fisicamente e quimicamente antes da aplicação dos tratamentos (T1 – com pó de basalto; T2 – sem aplicação), com parcelas de 3×3 m, totalizando 30 parcelas. Este projeto foi dividido em dois ciclos. No primeiro ciclo (2023/2024), foram cultivados trigo mourisco e camomila. No segundo ciclo (2024/2025), grão-de-bico e calêndula. A cada safra foi aplicada a dose de 0,9 kg de pó de basalto nas parcelas T1. A coleta de amostras de solo foi realizada nas camadas de 0–20 cm para avaliação da estrutura (densidade), além de análises químicas (Ca, Mg, K e C). Foram utilizados métodos como capina e herbicidas para controle de plantas daninhas ou infestantes, e amostragens com trado e anéis de Kopecky para as determinações anteriores. A análise estatística foi feita no software R, com ANOVA e teste de Tukey para comparação de médias. A resistência à penetração do solo foi avaliada com penetrômetro. RESULTADOS: Os resultados indicam que a aplicação de pó de basalto na rotação de culturas apresentou efeitos discretos nos primeiros dois anos de avaliação, não havendo diferença estatística entre os tratamentos, exceto para o teor de C do solo. O produtor rural poderia ter uma receita líquida de até R$31.347 por hectare com o plantio de camomila, de acordo com os dados obtidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a rotação de culturas e o uso de pó de basalto são alternativas viáveis a pequenos produtores rurais, embora resultados significativos de melhora do solo sejam observados apenas em longo prazo.
PALAVRAS-CHAVE: Rotação de culturas; Calendula officinalis; Cicer arietinum; Plantio direto; Rochagem.
Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.