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TERAPIAS SISTÊMICAS E INOVADORAS NO TRATAMENTO DO MELANOMA EM UM CENTRO ONCOLÓGICO DO SUL DO BRASIL

OLIVEIRA, Júlia Tosin de ¹; LUCAS, Gustavo Vasili ³; NARDIN, Jeanine Marie ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O melanoma é um tipo agressivo de câncer de pele com alto potencial metastático, sendo responsável pela maior taxa de mortalidade entre as neoplasias cutâneas. Nas últimas décadas, o tratamento dessa doença passou por grandes avanços com a introdução de imunoterapias e terapias-alvo, que revolucionaram o cuidado oncológico, especialmente em estágios avançados. No Brasil, essas abordagens tendem a ser incorporadas inicialmente na medicina suplementar, o que levanta a necessidade de investigar como essa realidade se apresenta em instituições privadas. OBJETIVOS: O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a integração de terapias sistêmicas avançadas, como imunoterapias e terapias-alvo, no tratamento de pacientes com melanoma em um centro oncológico privado de Curitiba-PR. Especificamente, buscou-se mapear as terapias utilizadas e analisar sua aplicação em diferentes estágios da doença. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, baseado na análise de prontuários eletrônicos de pacientes diagnosticados com melanoma e tratados entre abril de 2019 e abril de 2024. A amostra final consistiu em 60 pacientes, dos quais foram coletadas informações demográficas, clínicas, moleculares e terapêuticas. RESULTADOS: A análise revelou uma predominância do sexo masculino (57%) e média de idade de 61 anos. A avaliação molecular mostrou mutação BRAF em 27% dos pacientes, embora 51% não tenham sido testados. Em relação ao tratamento, 86% dos pacientes realizaram cirurgia, sendo a maioria com intenção curativa. Imunoterapias foram amplamente empregadas: 57% dos pacientes receberam tratamento adjuvante e 42% paliativo, com Nivolumabe e Pembrolizumabe como os fármacos mais utilizados. A terapia-alvo apareceu com menor frequência, limitada pelo baixo índice de testagem molecular. A maioria dos pacientes inicialmente sem metástases evoluiu para doença metastática, sendo os linfonodos, pulmão e pele/subcutâneo os sítios mais comuns. Não houve registro de terapias neoadjuvantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o centro oncológico estudado apresenta elevada adesão às terapias sistêmicas modernas, demonstrando alinhamento com diretrizes internacionais. No entanto, foram identificadas limitações, como a ausência de testagem molecular padronizada e a não utilização de abordagens neoadjuvantes. Esses achados apontam para a necessidade de maior sistematização nos protocolos de cuidado e reforçam a importância de estudos multicêntricos e longitudinais que aprofundem a avaliação da eficácia, segurança e impacto dessas terapias na prática clínica oncológica brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Melanoma; Imunoterapia; Terapia-alvo; Oncologia; Medicina suplementar.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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