DETERMINAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES MÍNIMAS DE CANABIGEROL (CBG) QUE INIBAM O CRESCIMENTO DE COLONIZADORES PRIMÁRIOS DE PL-BIOFILME
INTRODUÇÃO: A crescente busca por alternativas aos antimicrobianos sintéticos, especialmente no controle do biofilme dental, tem motivado o estudo de compostos naturais com potencial terapêutico. O canabigerol (CBG), um fitocanabinoide não psicoativo, vem sendo explorado por sua possível atividade antimicrobiana. OBJETIVOS: Este projeto teve como objetivo avaliar, de forma exploratória, a atividade antibacteriana de um enxaguatório bucal experimental contendo CBG. A proposta consistiu na comparação da ação do produto frente a digluconato de clorexidina 0,12%, referência consagrada na odontologia para controle químico do biofilme, e a um controle negativo (excipiente do CBG). MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia foi baseada em protocolos de microdiluição e ensaios microbiológicos adaptados do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), incluindo a determinação da concentração mínima inibitória (MIC), concentração mínima bactericida (MBC) e ensaios de tempo de morte microbiana (time-kill). A coleta de material biológico foi realizada mediante aprovação ética e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Foram recrutados voluntários adultos, não tabagistas, não gestantes, sem uso de antimicrobianos recentes e sem tratamento ortodôntico. A saliva foi coletada com swabs estéreis, transferida para tubos com meio BHI e processada em laboratório para isolamento de estreptococos, confirmados por coloração de Gram. RESULTADOS: Nos testes preliminares de MIC, observou-se uma inconsistência dose-resposta nas amostras com CBG, com coloração mais intensa em concentrações elevadas e coloração mais fraca em concentrações menores, contrariando o padrão esperado. Além disso, os ensaios de time-kill não puderam ser avaliados devido à coloração persistente e intensa nos poços contendo CBG, o que impossibilitou a leitura visual da atividade bacteriana. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse comportamento indica uma ineficácia do CBG no controle de bactérias bucais formadoras de biofilme. Apesar das limitações, os procedimentos laboratoriais foram padronizados e o estudo abre espaço para ajustes metodológicos e investigações futuras quanto ao potencial do CBG como agente terapêutico bucal.
PALAVRAS-CHAVE: Canabigerol; Biofilme dental; Enxaguatório bucal; Microbiologia oral.
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