VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E OS PROCESSOS DE RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES DO PARANÁ (1964-1985)
INTRODUÇÃO: Em 1964 ocorreu o golpe militar instaurando a ditadura com duração de 21 anos, o regime aboliu partidos e aumentaram a repressão política, durante o governo de Costa e Silva é instaurado o AI-5 dando poder de exceção para punir todos que fossem contra o governo. A Delegacia de Ordem Política Social do Paraná (DOPS-PR) consolida esse período como instrumento de vigilância e controle estatal. Criada durante esse período, a Universidade Estadual de Londrina teve papel de resistência ao regime, com professores engajados na luta contra a autocracia. Em razão disso, foram alvo de vigilância e repressão por parte do DOPS-PR. OBJETIVOS: Buscar a investigação dos processos movidos contra os professores da UEL através das pastas temáticas do DOPS-PR, procurando vestígios das resistências políticas dos professores e registrando de que maneira ocorreu MATERIAIS E MÉTODO: É uma pesquisa historiográfica de caráter qualitativo cujas fontes são os Dossiês DOPS-PR, encontrados no Arquivo Público do Paraná. Com as fontes primárias sendo as pastas temáticas da Universidade, e de instituições de representação docente organizada, com apoio da análise das fichas individuais dos professores. RESULTADOS: Encontra-se nesses documentos registros da atuação política dos professores no apoio do movimento estudantil da universidade no período inicial da ditadura, e o começo de uma organização política dos professores em instituições contra o regime. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nas análises dos registros dos agentes da DOPS percebe-se a importância que os agentes davam para os professores, através de uma vigilância quase constante e com apoio da universidade. Nota-se a trajetória da atuação dos professores, passando de algo sutil e meramente de apoio aos estudantes, até tomarem atos mais graves e diretos contra o regime.
PALAVRAS-CHAVE: Ditadura Civil Militar; Universidade Estadual de Londrina; Memória; Educação; Direitos Humanos.
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