ENGAJAMENTO SOCIAL NO DIREITO AO ACESSO À ÁGUA POTÁVEL
INTRODUÇÃO: O direito ao acesso à água potável, essencial para o pleno gozo da vida e dos direitos humanos, é reconhecido pela ONU por meio da resolução A/RES/64/292, embora não esteja explicitamente assegurado na Constituição Federal de 1988 no Brasil. Nesse contexto, a cidade de Curitiba se destaca, com 100% de sua população abastecida com água tratada e 95,62% com acesso a tratamento de esgoto. OBJETIVOS: Esta pesquisa objetivou caracterizar a percepção e o posicionamento de cidadãos curitibanos quanto ao acesso à água potável em espaços públicos e privados, visando compreender como se posicionam frente às situações em que esse acesso é limitado ou negligenciado. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia, de abordagem mista, transversal e exploratória, integrou uma revisão integrativa da literatura, a publicação de um vídeo em mídias sociais e entrevistas presenciais com cidadãos em locais públicos e privados da cidade. RESULTADOS: Os resultados indicaram um crescimento significativo de estudos sobre o tema nos últimos cinco anos, apesar de uma persistente fragilidade conceitual na definição de engajamento. As mídias digitais demonstraram potencial para gerar repercussão prática, embora o engajamento observado tenha sido dominado majoritariamente por comentários de natureza emocional, com poucos abordando a compreensão e definição do tema. As entrevistas revelaram uma notável desconfiança quanto à qualidade da água pública e uma baixa adesão ao uso de banheiros coletivos, principalmente por questões de segurança sanitária. Adicionalmente, houve alta rejeição à ideia de gestão privada da água. Os participantes reconheceram limitações sociais, ambientais e de saúde como prioritárias para o acesso universal, em contraste com a pouca consideração dada a limitações éticas, técnicas e acadêmicas, especialmente pelos participantes de locais públicos em comparação aos de locais privados. Conclui-se que é fundamental aprimorar a definição de engajamento e explorar temas correlatos ainda pouco investigados. As mídias sociais provaram ser ferramentas valiosas para a transmissão de informações e para a promoção da mobilização social e do engajamento cívico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, para que o direito ao acesso à água potável seja plenamente alcançado, torna-se indispensável ampliar o acesso à informação, fortalecer a confiança nos serviços públicos e investir em educação ambiental, visando uma gestão mais inclusiva e participativa, onde o engajamento social seja consolidado e exercido ativamente pelos cidadãos.
PALAVRAS-CHAVE: Acesso à água potável; Cidades inteligentes; Engajamento; Percepção pública; Objetivo do desenvolvimento sustentável.
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