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AVALIAÇÃO DE INDICADORES ASSOCIADOS À UMIDADE PARA A QUALIDADE DO AR E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES

BRAZ, Guilherme Oliveira ¹; LOPES, Marcos Batistella ³; MACARTHY, Maritza da Rocha ³; MACARTHY, Maritza da Rocha ³; MENDES, Nathan ²
Curso do(a) Estudante: Engenharia Mecatrônica – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Engenharia Mecânica – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A umidade relativa (UR) do ar é um parâmetro central para a qualidade dos ambientes internos, mas as diretrizes normativas que a regulam apresentam lacunas significativas. A ausência de critérios explícitos para o tempo de exposição a condições fora das faixas recomendadas, bem como a simplificação de fenômenos psicrométricos complexos, compromete a eficácia das normas em garantir, de forma integrada, a saúde, o conforto e o desempenho energético dos edifícios — especialmente em contextos vulneráveis. OBJETIVOS: Comparar os critérios associados à umidade relativa propostos em diferentes normas e avaliar seus efeitos sobre o conforto térmico e o desempenho termoenergético de edificações. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida em duas etapas: (1) uma revisão sistemática da literatura, que analisou criticamente 101 documentos (incluindo normas e artigos científicos) para identificar lacunas teóricas e metodológicas; e (2) um estudo de caso, com simulação computacional no software Domus, aplicado a uma habitação de interesse social em Curitiba–PR, submetida a três cenários distintos de ventilação. Os indicadores de desempenho utilizados incluíram PMV (Predicted Mean Vote) e PPD (Predicted Percentage of Dissatisfied). RESULTADOS: A revisão evidenciou que a principal limitação normativa reside na omissão do tempo de exposição como variável crítica, além da insuficiência da UR como métrica isolada. Parâmetros como a pressão parcial de vapor se mostraram mais relevantes do ponto de vista fisiológico. Nas simulações, observou-se que a temperatura do ar foi o fator dominante na definição do conforto térmico, com a UR atuando como modulador secundário. A conformidade com as normas vigentes de UR, por si só, não garantiu conforto sob temperaturas extremas, sendo a faixa entre 25 °C e 30 °C a mais favorável ao conforto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se uma desconexão significativa entre os critérios normativos atuais e as exigências reais de conforto, saúde e eficiência energética. O estudo reforça a necessidade de aprimoramento das normas, incorporando o tempo de exposição como variável-chave e adotando indicadores psicrométricos mais robustos que a umidade relativa para a avaliação da qualidade ambiental interna.

PALAVRAS-CHAVE: Umidade Relativa; Conforto Térmico; Normas Técnicas; Desempenho Energético; Simulação Computacional.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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