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FATORES QUE INFLUENCIAM ALTERAÇÃO NO ESPERMOGRAMA E A RELAÇÃO COM O TESTE DE FRAGMENTAÇÃO DO DNA ESPERMÁTICO

RICCA, Lucas Mazzo ¹; MEYER, Fernando ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A infertilidade masculina é reconhecida como um importante desafio de saúde pública, afetando milhões de casais em idade reprodutiva e podendo serdesencadeada por fatores biológicos, ambientais e de estilo de vida. O impacto negativo de hábitos contemporâneos, como obesidade e sedentarismo, bem como a exposição a agentes tóxicos e alterações nos parâmetros seminais, tem sido amplamente debatido, principalmente pela sua potencial influência sobre a integridade do DNA espermático, elemento central para o sucesso reprodutivo. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo analisar fatores externos e clínicos queinfluenciam o resultado do espermograma e a fragmentação do DNA espermático, buscando identificar associações entre aspectos do estilo de vida, condições clínicas e laboratoriais e a integridade do material genético dos espermatozoides em homens avaliados por infertilidade. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo e observacional a partir de dados secundários extraídos de prontuários eletrônicos de 324 pacientes submetidos ao teste de fragmentação do DNA espermático em um hospital e clínica de referência em Curitiba, ao longo de doze meses. Foram coletadas variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais, incluindoidade, índice de massa corporal (IMC), tabagismo, contato com agrotóxicos, uso de hormônios e anabolizantes, antecedentes de doenças, parâmetros do espermograma (volume, concentração, motilidade progressiva), taxa de fragmentação do DNA,presença de filhos biológicos e tempo de infertilidade. A análise estatística foi conduzida por meio de modelos lineares generalizados, considerando-se significância estatística para valores de p < 0,05. RESULTADOS: A amostra apresentou média de idade de 37 anos e IMC médio de 28,3 kg/m², indicando prevalência de sobrepeso. O percentual médio de fragmentação do DNA espermático foi de 36,4%, e a motilidade progressiva média, de 40,7%. O tabagismo, uso de hormônios e contato com agrotóxicos foram pouco prevalentes. Na análise univariável, IMC elevado esteve associado a maior fragmentação do DNA espermático, enquanto maior motilidade progressiva exerceu efeito protetor. No modelo multivariável, apenas IMC e motilidade progressiva mantiveram-se significativamente associados ao percentual defragmentação do DNA, enquanto a concentração de espermatozoides e demais variáveis não apresentaram associação relevante. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo demonstra que IMC elevado e motilidade espermática reduzida são fatores independentes relacionados ao aumento da fragmentação do DNA espermático, reforçando a importância de intervenções preventivas voltadas à promoção de hábitos saudáveis e controle do peso corporal como estratégias de prevenção e manejo da infertilidade masculina. Os achados apontam ainda para a necessidade de ampliar o monitoramento clínico desses fatores modificáveis e a realização de novos estudos para aprofundar o conhecimento sobre os determinantes ambientais e comportamentais da saúde reprodutiva masculina.

PALAVRAS-CHAVE: Infertilidade masculina; Fragmentação do DNA espermático; Espermograma; Fatores de risco; Saúde reprodutiva.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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