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A FUNÇÃO DO CONCEITO DE HÁBITO EM HUSSERL E MERLEAU-PONTY

MELLO, Bruno Medeiros de ¹; FERRAGUTO, Federico ²
Curso do(a) Estudante: Bacharelado em Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pesquisa parte da constatação de que o conceito de hábito possui uma importância central tanto para a fenomenologia quanto para os debates contemporâneos sobre a constituição do sujeito. Busca-se problematizar a noção moderna de subjetividade pura e consciente a partir da hipótese de que a habitualidade, compreendida como estrutura pré-reflexiva e passiva da experiência, permite reformular a compreensão da subjetividade em uma perspectiva incorporada e dinâmica. OBJETIVOS: O objetivo principal da investigação é reconstruir, a partir da leitura direta das obras de Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty, a gênese passiva e a função do hábito na constituição do eu, explorando suas implicações para a relação entre corpo e consciência. De modo complementar, objetiva-se refletir sobre os desdobramentos contemporâneos dessa problemática, especialmente nos debates sobre a naturalização da fenomenologia e a distinção entre intencionalidade cognitiva e motora. MATERIAIS E MÉTODO: O trabalho baseou-se na leitura direta e no fichamento de obras fundamentais de Husserl e Merleau-Ponty, bem como na análise crítica de literatura secundária selecionada por meio de bases de dados como Scielo e Periódicos Capes. Foram realizados encontros com o orientador para discussão contínua dos textos, sendo adotado um método de pesquisa qualitativo com foco hermenêutico. RESULTADOS: A análise permitiu identificar a centralidade do hábito como estrutura de sedimentação e espontaneidade na vida consciente, compreendida como condição da própria atividade do ego. A partir da noção de intencionalidade motora em Merleau-Ponty, estabeleceu-se um diálogo com autores contemporâneos e foram propostas articulações teóricas entre o conceito de segunda natureza e a gênese passiva da experiência. Identificou-se, ainda, a atualidade do debate sobre a possibilidade de uma naturalização da fenomenologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa levou à formulação de um modelo dinâmico de subjetividade, entendido como unidade entre corpo e consciência, cuja constituição se dá por meio da habitualidade. Essa concepção oferece uma alternativa crítica às noções modernas de sujeito puro, permitindo uma reinterpretação fenomenológica da racionalidade como operação incorporada. Os resultados parciais da investigação abrem novas possibilidades para pesquisas futuras sobre habilidade, intencionalidade e a estrutura prática do comportamento.

PALAVRAS-CHAVE: Hábito; Fenomenologia; Subjetividade; Corpo; Intencionalidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.

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