AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E DA PRÁTICA DE MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE UM MÊS APÓS UMA AULA SOBRE DOENÇA PULMONAR PÓS-TUBERCULOSE
INTRODUÇÃO: A Doença Pulmonar Pós-Tuberculose (DPPT) é definida como “evidência de anormalidade respiratória crônica, com ou sem sintomas, atribuível, pelo menos em parte, à tuberculose (pulmonar) prévia”. A grande maioria dos pacientes com DPPT não chega aos especialistas, permanecendo na Atenção Primária à Saúde. É fundamental que os profissionais dessa área estejam aptos a fazer esse diagnóstico. OBJETIVOS: Determinar o grau de retenção das informações apresentadas aos participantes aproximadamente um mês após uma aula sobre o tema. Avaliar o impacto da intervenção na prática diária dos participantes. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo de intervenção longitudinal realizado com professores e preceptores de Medicina de Família e Comunidade (MFCs) da PUCPR em atividade no segundo semestre de 2024. Os participantes responderam um pré-teste, assistiram a uma aula sobre o tema e, em seguida, responderam um pós-teste. Cerca de um mês depois, os participantes responderam um teste de acompanhamento. Todos os testes continham as mesmas questões, permitindo avaliar o aprendizado imediato e a retenção do conhecimento ao longo do tempo. RESULTADOS: Dos 12 MFCs elegíveis, 8 completaram o estudo. O teste de acompanhamento foi aplicado 32,9 ± 1,4 dias após o pós-teste. A taxa de retenção (número de afirmativas com manutenção ou aumento da taxa de acerto/número total de afirmativas) geral foi de 78,4%. A maior parte das afirmativas teve manutenção da taxa de acertos. Sobre segurança no diagnóstico e no manejo da DPPT, notou-se aumento na autoconfiança dos profissionais, com a taxa de participantes que se consideram totalmente seguros passando de 0 para 12,5%. Nenhum dos participantes relatou ter feito diagnóstico de DPPT após a aula, mas metade deles afirmou que mudou a abordagem de pacientes após tratamento de tuberculose. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os participantes apresentaram uma alta taxa de retenção do conhecimento sobre DPPT um mês após a intervenção, com manutenção ou até melhora no desempenho nos testes aplicados. Embora nenhum dos participantes tenha diagnosticado DPPT após a intervenção, metade deles afirmou ter mudado a abordagem em relação a pacientes que finalizaram tratamento para tuberculose. Esses achados reforçam a importância de estratégias educativas continuadas e de maior integração entre teoria e prática clínica para fortalecer a atuação dos profissionais da Atenção Primária à Saúde frente à DPPT.
PALAVRAS-CHAVE: Doença pulmonar pós-tuberculose; Tuberculose; Educação médica; Atenção primária à saúde; Medicina de família e comunidade.
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