Logo PUCPR

FORMAÇÃO EM SAÚDE PARA O CUIDADO DE POPULAÇÕES VULNERÁVEIS

POZZOBON, Letícia Marcinichen ¹; ROSANELI, Caroline Filla ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A população transgênero enfrenta múltiplas barreiras no acesso aos serviços de saúde no Brasil, que envolvem não apenas questões estruturais, mas também aspectos simbólicos e relacionais. A formação em saúde, ainda centrada em uma lógica cisnormativa, revela-se insuficiente para atender às especificidades dessa população, contribuindo para o agravamento de vulnerabilidades. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi identificar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, as barreiras na formação em saúde para cuidar de pessoas transgênero no Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida com base na metodologia de revisão integrativa, conforme orientações de Whittemore e Knafl (2005) e Souza, Silva e Carvalho (2010). Foram utilizados descritores extraídos do DeCS/MeSH e aplicados na base de dados BVS, resultando inicialmente em 107 artigos. Após processo de triagem e aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 25 artigos compuseram a amostra final. A análise dos dados seguiu os marcos conceituais das vulnerabilidades individual, social e programática. RESULTADOS: Os achados indicaram a predominância de vulnerabilidades programáticas, sobretudo no que diz respeito à qualificação dos profissionais, acesso e qualidade dos serviços, e ausência de políticas específicas. Vulnerabilidades sociais como estigma, discriminação e violação de direitos também se mostraram recorrentes. No campo individual, destacou-se a escassez de suporte familiar, sofrimento psicoemocional e desconhecimento sobre os próprios direitos em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As barreiras no acesso à saúde para pessoas transgênero não se limitam à estrutura dos serviços, mas envolvem a formação dos profissionais, o compromisso político institucional e a presença de estigmas sociais. É fundamental repensar a formação em saúde, promover políticas públicas intersetoriais e fomentar ações afirmativas que assegurem a equidade e os direitos dessa população.

PALAVRAS-CHAVE: População transgênero; Formação em saúde; Vulnerabilidade; Acesso à saúde; Saúde pública.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.