INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA MELHORA DA DOR E QUALIDADE DE VIDA EM PORTADORES DE DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
INTRODUÇÃO: As disfunções temporomandibulares (DTMs) são um conjunto de alterações funcionais que afetam as articulações temporomandibulares (ATM). As DTMs possuem etiologia diversa e afetam o funcionamento da mandíbula, trazendo impacto negativo extenso à qualidade de vida do paciente. A terapia manual (TM) é um recurso fisioterapêutico que dispõe de técnicas tais como mobilização intraoral, manipulação articular e relaxamento miofascial com a finalidade de promover melhora do funcionamento muscular e articular e reduzir a dor do paciente. A TM é uma das opções disponíveis no manejo dos sintomas de pacientes com DTMs, entretanto, a literatura carece de mais estudos que quantifiquem a eficácia da TM na melhora dos sintomas de DTMs. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia da TM no manejo de pacientes com DTMs por meio da quantificação da abertura mandibular, nível de dor e qualidade de vida. MATERIAIS E MÉTODO: Oito voluntários foram avaliados pela odontologia através do questionário DC/TMD adaptado e, tendo diagnóstico positivo para DTM, foram encaminhados para a Fisioterapia. Esses, responderam ao questionário SF36 para qualidade de vida, no início e ao final da intervenção. Além disso, foi avaliado também a EVA para dor e a abertura mandibular no início e final de cada atendimento. Os voluntários foram submetidos ao atendimento da fisioterapia, no máximo dez sessões, nas quais foram administradas técnicas de TM. O tratamento foi conduzido ao longo de consultas semanais de 50 minutos e quando finalizado os pacientes foram encaminhados para reavaliação com a equipe odontológica. RESULTADOS: O tratamento ocorreu ao longo de um período de 9 meses, de outubro de 2024 a junho de 2025. Dos 11 pacientes, 2 do sexo masculino (25%) e 9 do sexo feminino (75%), que participaram da avaliação de abertura mandibular e nível de dor pela EVA antes e depois do tratamento fisioterapêutico, apenas 6 responderam ao questionário SF36 para avaliação da melhora da qualidade de vida. Todos os pacientes apresentaram redução do EVA para 0 após intervenção fisioterapêutica ao final do estudo. Para a abertura mandibular, obteve-se um valor médio de 32,4 mm no início e 43,8 mm ao final do tratamento e p = 0,0121. Para a qualidade de vida segundo o SF36, obteve-se um valor médio de 309,3 no início com melhora para 528,6 ao final do tratamento e p = 0,0075. Dentre os domínios do SF36, EGS, VIT e AS foram os únicos a apresentar valores fora do limite de significância estatística. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As técnicas de TM utilizadas no estudo demonstraram resultados positivos sobre a melhora da dor, da abertura mandibular e da qualidade de vida em pacientes que sofriam de DTMs.
PALAVRAS-CHAVE: DTM; Fisioterapia; Terapia Manual.
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