A INFLUÊNCIA DOS NUTRIENTES NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE
INTRODUÇÃO: A ansiedade é um transtorno mental prevalente, intensificado nos últimos anos, especialmente após a pandemia da COVID-19, gerando impactos significativos na saúde e qualidade de vida da população mundial. O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) compromete o bem-estar emocional e físico, afetando a produtividade e as relações sociais. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi analisar as evidências recentes sobre o papel da dieta e da nutrição na prevenção e no tratamento da ansiedade. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia seguiu as seis etapas da revisão integrativa, incluindo a definição do tema, critérios de inclusão e exclusão, análise crítica, categorização dos estudos e síntese dos achados. A busca foi realizada nas bases PubMed, LILACS, SciELO e Scopus, utilizando descritores controlados com operadores booleanos, abrangendo publicações entre 2015 e 2024. Dos 801 artigos identificados, após aplicação dos critérios e revisão pelos avaliadores, 15 foram selecionados para análise final. Os nutrientes investigados foram agrupados em sete categorias: aminoácidos, antioxidantes, cafeína, magnésio, ômega-3, vitaminas do complexo B e vitamina D. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a ingestão adequada de determinados nutrientes está associada à redução dos sintomas de ansiedade. Aminoácidos como triptofano e BCAA demonstraram efeito positivo na regulação dos neurotransmissores. Os antioxidantes, como vitamina C e zinco, mostraram ação protetiva contra o estresse oxidativo, que está ligado à ansiedade. O consumo excessivo de cafeína, por outro lado, foi associado ao aumento dos sintomas ansiosos, especialmente em mulheres. O magnésio se destacou como modulador do sistema nervoso e redutor da inflamação. Os ácidos graxos ômega-3 demonstraram benefícios na regulação do humor e na redução de sintomas ansiosos, além de promoverem maior resiliência mental. As vitaminas do complexo B, especialmente B6, B9 e B12, apresentaram relação com a síntese de neurotransmissores e o equilíbrio do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, fundamentais no controle da ansiedade. A vitamina D, por sua vez, demonstrou importância neuroprotetora e modulação do humor, sendo sua deficiência associada ao agravamento dos sintomas de TAG. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os nutrientes desempenham papel significativo na modulação de sintomas ansiosos, podendo atuar como coadjuvantes no tratamento do transtorno, favorecendo uma abordagem multiprofissional e integrativa à saúde mental. No entanto, embora as evidências apontem benefícios relevantes, ainda são necessárias mais investigações longitudinais e clínicas que permitam avaliar com maior profundidade as interações entre os nutrientes, o comportamento alimentar e os aspectos psicossociais relacionados à ansiedade. O estudo ressalta a importância de estratégias de educação alimentar e nutricional baseadas em evidências, além da necessidade de tornar acessível o consumo de alimentos protetores para populações em vulnerabilidade.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental; Transtornos de Ansiedade; Nutrientes; Alimentos, dieta e nutrição; Micronutrientes.
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