AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS DURANTE O PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO EM PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS COMO UM INDICADOR DE CUIDADO SEGURO
INTRODUÇÃO: A aspiração traqueal é um procedimento amplamente utilizado na assistência a pacientes traqueostomizados com o objetivo de remover secreções, garantir a permeabilidade das vias aéreas e prevenir complicações respiratórias. Apesar de sua eficácia clínica, o procedimento pode desencadear alterações fisiológicas importantes, como variações na frequência cardíaca, saturação de oxigênio e esforço respiratório, especialmente pela estimulação vagal e pela manipulação da mucosa traqueal. Assim, nota-se a necessidade de compreender os efeitos da aspiração sobre os sinais vitais e reforçar a importância da monitorização contínua como medida de segurança. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo analisar a importância da monitorização dos sinais vitais em pacientes traqueostomizados durante a aspiração, como um indicador de cuidado seguro. Os objetivos específicos incluíram identificar e quantificar alterações fisiológicas antes e após o procedimento, apresentar a relevância da monitorização contínua e estabelecer possíveis correlações com riscos clínicos. MATERIAIS E MÉTODO: Foi conduzido um estudo, descritivo e quantitativo, realizado no Hospital Universitário Cajuru, com sete pacientes traqueostomizados. A coleta de dados foi feita no leito, cinco minutos antes e cinco minutos após a aspiração, utilizando oxímetro digital, estetoscópio e uma escala clínica adaptada para avaliar o trabalho respiratório. As variáveis analisadas foram frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio e escore de esforço respiratório. A análise estatística foi feita com o teste t de Student para amostras pareadas, considerando significância de p < 0,05. RESULTADOS: A frequência cardíaca e a saturação de oxigênio apresentaram aumento estatisticamente significativo após a aspiração. A frequência respiratória e o trabalho respiratório mostraram tendência de redução, embora sem significância estatística. Houve maior homogeneidade nas respostas após o procedimento, sugerindo melhora clínica global. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados reforçam a necessidade da monitorização contínua dos sinais vitais durante a aspiração traqueal, como estratégia para prevenir complicações e qualificar o cuidado. Mesmo em amostras reduzidas, foram observadas alterações fisiológicas relevantes, o que justifica a incorporação dessa prática tanto em ambiente hospitalar quanto domiciliar, com treinamento adequado das equipes e cuidadores.
PALAVRAS-CHAVE: Aspiração traqueal; Monitorização; Sinais vitais; Traqueostomia; Fisioterapia respiratória.
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