PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE DEPRESSÃO ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE NO PARANÁ

INTRODUÇÃO: A literatura demonstra evidências consistentes sobre a prevalência de sintomas de depressão entre estudantes de Medicina no Brasil, no entanto há poucos estudos sobre esta prevalência entre estudantes de outros cursos da área da saúde e ciências da vida. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de sintomas de depressão em estudantes da área da saúde de uma Universidade de natureza privada no sul do Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo quantitativo, de delineamento transversal, que utilizou dois instrumentos para coleta de dados: um questionário sociodemográfico e o Inventário de Depressão de Beck (IDB), traduzido e validado na língua portuguesa. A amostra voluntária foi calculada por proporção em relação ao número total de matriculados nos cursos de uma universidade privada no sul do Brasil. Os dados foram analisados no software SPSS. RESULTADOS: 186 estudantes participaram do estudo, com média de idade de 22,3 anos (DP=4.47), sendo 140 (75,2%) do sexo feminino e 46 (24,7%) masculino. A média do escore total do IDB foi 14,69 ± 10,32, indicativa de sintomas leves. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos (p = 0,229) nem entre os cursos (p = 0,279). A maior parte apresentou sintomas mínimos ou leves, porém 30,6% apresentaram sintomas moderados a graves. O nível de severidade também não diferiu entre homens e mulheres (p = 0,532). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da predominância de sintomas leves, a proporção de estudantes com sintomas moderados a graves foi relevante, reforçando a necessidade de ações institucionais voltadas à promoção da saúde mental e à prevenção do adoecimento psicológico no contexto universitário.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental; Estudantes universitários; Depressão; Ensino superior.