A BANALIZAÇÃO DO TERMO ‘PÓS-HORROR’ PELACRÍTICA E O SILENCIAMENTO A FILMES DETERROR CLÁSSICOS E SUAS TEMÁTICAS

INTRODUÇÃO: Este artigo investiga o impacto do termo “pós-horror” na recepção crítica e popular de filmes de terror, analisando sua origem na cultura pós-moderna e suas implicações simbólicas e mercadológicas. OBJETIVOS: O objetivo da pesquisa é analisar o termo para a reputação de grandes obras da história do gênero, assim se faz necessário examinar filmes clássicos e contemporâneos, além de estudar a origem do vocábulo. MATERIAIS E MÉTODO: Steve Rose, do The Guardian, popularizou o termo “pós-horror” para descrever filmes de terror da última década que adotam uma abordagem mais reflexiva, diferenciando-se do horror tradicional. Embora o “pós-horror” tenha ganhado destaque a partir de 2010, esse método já estava presente em obras precursoras do gênero. Por meio de revisão bibliográfica com apoio dos estudos de autores como, David Church e Marco Bonatelli, que criticam o uso do termo e abordam o estigma histórico do horror, e análises comparativas de filmes clássicos (Rosemary´s Baby) e contemporâneos (Hereditary), para evidenciar que os elementos hoje exaltados — tensão psicológica, simbolismo e crítica social — já estavam presentes na tradição do gênero. RESULTADOS: Amparada na semiótica do silêncio de Lúcia Santaella e Eni Orlandi, a pesquisa revela que a rotulagem opera como estratégia ideológica que silencia a sofisticação dos clássicos para legitimar produtos atuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui‑se que o “pós‑horror” não representa ruptura, mas continuidade; reconhecer isso é essencial para evitar o apagamento cultural e valorizar a trajetória histórica do terror. O gênero do terror sempre foi multifacetado, a pesquisa defende, portanto, a importância de reler os clássicos sob uma perspectiva crítica e semiótica, reconhecendo sua relevância estética e histórica.

PALAVRAS-CHAVE: Pós-horror; Terror clássico; Cinema; Pós-modernidade; Semiótica.