PTERIDÓFITAS DE UMA ÁREA DO PARQUE ESTADUAL DO PALMITO
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos fica cada vez mais evidente o quanto a pressão antrópica causa grandes danos aos ambientes naturais, sendo ainda mais aparente em um país tão grande e rico em biodiversidade como o Brasil. Um dos biomas brasileiros mais afetados é a Mata Atlântica, sendo considerada um Hotspot mundial. O Parque Estadual do Palmito (PEP) localizado em Paranaguá no estado do Paraná, é uma reserva da Floresta Atlântica com formação vegetacional caracterizada como Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas. As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes. São plantas muito diversas e cosmopolitas com aproximadamente 12.000 espécies no mundo, sendo cerca de 3.250 presentes nas Américas e dessas, 30% ocorrem no Brasil. Quanto à ecologia possuem um evidente papel em serviços ecossistêmicos, contribuindo para microfauna e microflora. Também possuem usos medicinais e culinários. OBJETIVOS: O trabalho tem como objetivo coletar e identificar espécies de pteridófitas presentes em uma área do Parque Estadual do Palmito (PEP). Além de contribuir para a florística do parque, para trabalhos futuros e para formação de profissionais de Ciências Biológicas. MATERIAIS E MÉTODO: Foram feitas viagens mensais onde foram coletadas exemplares de todas as samambaias férteis encontradas no parque. Estas plantas foram levadas para o herbário da PUCPR (HUCP) e posteriormente identificadas e feitas exsicatas que estão armazenadas no herbário. As pteridófitas identificadas foram registradas também na ficha geral da flora do parque. RESULTADOS: Ao todo foram coletadas 36 espécies distribuídas em 15 famílias e 24 gêneros. Entre as famílias mais diversas está Polypodiaceae, com 12 espécies distribuídas em 6 gêneros, seguida por Dryopteridaceae com 4 espécies e 2 gêneros e Lycopodiaceae com 3 espécies e 2 gêneros. Acerca dos gêneros, se destacaram Elaphoglossum e Pleopeltis com três espécies cada. Quanto ao hábito de vida, houve uma predominância de epífitas (63,9%), seguidas pelas terrícolas com (25%), arborescentes (5,5%) e trepadeiras (5,5%). Com relação à distribuição, a maioria das espécies não são endêmicas brasileiras, sendo apenas duas endêmicas do Brasil e duas da Mata Atlântica, mas nenhuma do Paraná. O grau de conservação para a exorbitante maioria das plantas coletadas foi definido como NE (Não Avaliada), havendo somente duas como LC (Pouco preocupante). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conforme os dados analisados é notória a riqueza existente no Brasil e na Mata Atlântica, sendo demonstrado não somente neste estudo a diversidade da flora existente no bioma. É evidente também a deficiência de estudos sobre a conservação da pteridoflora, assim como sobre a diversidade de pteridófitas existente na Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas. Pode-se concluir com esse trabalho que a manutenção dessas áreas de preservação é essencial para o bioma da floresta atlântica que atualmente já se encontra tão destruído. O trabalho contribui para estudos e projetos de manejo de Unidades de Conservação e conscientização ambiental.
PALAVRAS-CHAVE: Pteridófitas; Mata Atlântica; Samambaias; Paraná; Floresta Ombrófila Densa.
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