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ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRESSE E CONSUMO DE MEDICAMENTOS NOOTRÓPICOS EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO PARANÁ

MATSUMOTO, Vinícius Akira ¹; BERNARDELLI, Rafaella Stradiotto ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O uso de medicamentos nootrópicos (estimulantes do sistema nervoso central) por estudantes universitários tem despertado crescente atenção, especialmente em cursos de alta exigência como a Medicina. Essas substâncias, embora lícitas e com potencial terapêutico, vêm sendo utilizadas por razões não médicas, como o aumento de desempenho cognitivo. Esse fenômeno suscita preocupações sobre o bem-estar mental dos estudantes e sua relação com o estresse acadêmico. OBJETIVOS: Avaliar a associação do consumo de medicamentos nootrópicos, sem finalidade terapêutica para um diagnóstico médico estabelecido, com o nível de estresse, em estudantes de medicina. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal realizado por meio de questionário eletrônico. A amostragem foi realizada pela técnica bola de neve e estudantes de medicina instituições de ensino superior (IES) localizadas nas diferentes regiões do estado no Paraná foram convidados a participar. O instrumento contou com questões sobre perfil pessoal, acadêmico e demográfico, uso de medicamentos nootrópicos, sua finalidade e efeitos adversos sentidos, além da Medical Student Stress Scale (MSSS) – um questionário de 22 itens que investiga o nível de estresse de estudantes de medicina com um escore final que varia de 0 a 88, em que escores mais altos representam maior nível de estresse. RESULTADOS: Foram analisadas 143 respostas válidas de estudantes de apenas uma IES privada de Curitiba. A taxa de prevalência de uso de medicamentos nootrópicos sem finalidade terapêutica para um diagnóstico médico estabelecido foi de 8,4%, com intervalo de confiança de 95% de 4,7% a 13,8%. A mediana do escore do MSSS do grupo de estudantes que utilizava ou havia utilizado medicamentos nootrópicos no último ano foi de 46, variando de 28 a 79, significativamente mais alta que a mediana do MSSS do grupo que relatou o não uso de tais substâncias, que foi de 37,5 variando de 1 a 79 (p=0,027). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quanto às variáveis de perfil pessoal, acadêmico e demográfico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há associação significativa entre o uso de nootrópicos e níveis mais elevados de estresse entre estudantes de Medicina, reforçando a necessidade de atenção às condições psicossociais vividas durante a graduação. A ausência de diferenças nos demais perfis sugere que o uso dessas substâncias atravessa diversos subgrupos da população estudantil. A limitação relacionada ao tamanho da amostra e à concentração institucional reforça a importância de estudos futuros com maior representatividade regional com utilização de uma estratégia de amostragem probabilística.

PALAVRAS-CHAVE: Estudantes de Medicina; Estresse Psicológico; Medicamentos Nootrópicos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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