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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ANTROPOCENO: DILEMAS DE JUSTIÇA CLIMÁTICA

SOUSA, Tenoch Yakecan Duanetto de ¹; BUGALSKI, Lucas Miguel Gonçalves ²
Curso do(a) Estudante: Ciências Biológicas – Bacharelado – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): PPGF – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUCTION: Diante do cenário em que a tecnologia representa um poder nunca antes observado, a ação antrópica impulsiona a emergência climática e gera impactos diversos que são sentidos e infligidos de maneira desuniforme pelos extratos da sociedade enquanto exacerbam vulnerabilidades já existentes e criam novas formas de subjugação. É demonstrado, então, a necessidade de uma justiça climática, sendo essa intrinsecamente ligada à demandas de movimentos sociais. A resposta encontrada pelas organizações internacionais foi o desenvolvimento sustentável, uma meta descrita e delimitada na década de 1980 que ainda não foi atingida, enquanto os desastres climáticos continuam a ocorrer. AIMS: O objetivo da vigente pesquisa é investigar as consequências da crise ambiental, as contribuições da justiça climática e como a ética da responsabilidade de Hans Jonas propõe um princípio capaz de oferecer uma ferramenta de enfrentamento ao modo de vida no Antropoceno. Complementado pelo objetivo específico de identificar possíveis ressonâncias de movimentos sociais com a filosofia de Hans Jonas, intencionais ou não, e dimensionar o alcance e a atualidade de seu pensamento frente às práticas políticas emergentes. MATERIALS AND METHODS: A fundamentação teórica da pesquisa se dá pela revisão bibliográfica de obras para três fins; Inicialmente, as ideias de Hans Jonas foram limitadas a partir das suas obras Princípio Responsabilidade (2006) e Técnica, Medicina e Ética (2013). Posteriormente, foi realizada uma ampliação desse pensamento ético para o âmbito do Antropoceno com Facing Gaia: Eight Lectures on the New Climatic Regime (2017) de Bruno Latour e de forma decolonial com Ideias para Adiar o Fim do Mundo (2019) e O Amanhã Não está a Venda (2020) de Ailton Krenak. Por fim, a justiça climática e movimentos sociais são incluídas na reflexão filosófica com El colapso ecológico ya llegó: Una Brújula para Salir del (mal) Desarrollo (2020) e Debates Latinoamericanos: Indianismo, Desenvolvimento, Justiça Ambiental e Decrescimento (2023) de Maristella Svampa e Uma Ecologia Decolonial: Pensar a Ecologia a Partir do Mundo Caribenho (2022) de Malcom Ferdinand. RESULTS: Para demonstrar a ressonância do pensamento ético de Hans Jonas com os movimentos sociais foi realizado um estudo de caso do Comitê COP30, um grupo articulado da sociedade civil brasileira na 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). O comitê reúne organizações da sociedade civil e atua na infraestrutura, mobilização, comunicação, articulação política e participação da sociedade civil brasileira para a conferência. FINAL CONSIDERATIONS: A perspectiva socioambiental e de participação coletiva e individual do comitê remete ao Princípio Responsabilidade de Jonas, também há o emprego da heurística do temor para a sensibilização em suas comunicações. Dessa forma, mesmo sem menção, às ideias éticas de Hans Jonas se demonstram aplicáveis aos movimentos sociais e questões contemporâneas, possivelmente operando como uma ferramenta contra o modo de vida no Antropoceno.

KEYWORDS: Antropoceno; Princípio Responsabilidade; Justiça Climática; Desenvolvimento Sustentável; Movimentos Sociais.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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